domingo, 3 de novembro de 2013

3ª REPÚBLICA - PORTUGAL depois de 1974


NOTA - Neste períodos da História de Portugal, além dos acontecimentos mais importantes relacionados com a História de Portugal, também se descrevem os factos mais importantes da História Universal, que de uma forma directa ou indirecta, também influenciaram a História de Portugal.


A Revolução dos Capitães - A Revolução dos cravos
25 de Abril de 1974

A revolução dos Capitães 

Em 25 de Abril de 1974, Tomás e Caetano foram demitidos por um golpe militar, que se tornou conhecido como a Revolução dos Capitães devido a ter sido levada por um grupo de cerca de 200 capitães no serviço activo que estavam descontentes com a longas guerras que se estavam levando para manter o controlo das colónias Africanas.

Estes capitães constituíam o Movimento das Forças Armadas, ou MFA, liderados pelos chefes de estado maior, Francisco da Costa Gomes e Spínola. 

O último tornou-se mais tarde o chefe do comando da junta. Aboliram-se as instituições do Estado Novo, e o MFA dominado por marxistas, obteve o controlo da imprensa, rádio, e educação. Então, o até esta altura, pequeno Partido Comunista Português. tomou controlo da organizações de trabalho e tomou possessão de terras , especialmente no Alentejo.

Em 25 de Abril de 1974, Tomás e Caetano foram demitidos por um golpe militar, que se tornou conhecido como a Revolução dos Capitães devido a ter sido levada por um grupo de cerca de 200 capitães no serviço activo que estavam descontentes com a longas guerras que se estavam levando para manter o controlo das colónias Africanas.


Os principais "capitães" do 25 de Abril, foram:

Lopes Pires, Sanches Osório, Otelo Saraiva de Carvalho, Garcia dos Santos, Vítor Crespo, Salgueiro Maia, Melo Antunes, Eurico Corvado, Costa Neves, Costa Martins, Carlos Fabião e Vasco Lourenço.



Algumas razões para a revolução de 25 de Abril de 1974 Ao contrário de outras Potências Coloniais Europeias, Portugal mantinha laços fortes e duradoiros com as suas colónias africanas. Para muitos portugueses um Império Colonial era necessário para um poder e influência contínuos. Contrastando com Inglaterra e França, os colonizadores portugueses casaram e constituíram família entre os colonos nativos. 

Apesar das constantes objecções em fóruns nacionais, como a ONU, Portugal manteve as suas colónias como parte integral de Portugal, sentindo-se portanto obrigado a defendê-las militarmente de grupos armados de influência comunista, particularmente após a anexação unilateral e forçada dos enclaves portugueses de Goa, Damão e Diu, em 1961. 

Em quase todas as colónias portuguesas africanas – Moçambique, Angola, Guiné, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde – surgiram movimentos independentistas, que acabaram por se manifestar sob a forma de guerrilhas armadas. Excepto no caso da Guiné, estas guerrilhas foram facilmente contidas pelas forças portuguesas, apesar dos diversos embargos ao armamento militar fornecido a Portugal.

A guerra colonial gerou conflitos entre a sociedade civil e militar, tudo isto ao mesmo tempo que a fraca economia portuguesa gerava uma forte emigração. Em Fevereiro de 1974, Marcelo Caetano é forçado pela velha guarda do regime a destituir o general António Spínola e os seus apoiantes, quando tentava modificar o curso da política colonial portuguesa. 

Embora se dissesse na metrópole na altura - e se continue a dizer - que a guerra colonial se revelava demasiado dispendiosa para o país e o estava empobrecendo, esse conceito é falso, pois segundo o Economist de 1967, quando da queda de Salazar, e bem provado por números, as "colónias", principalmente Angola, não só pagavam as despesas da guerra, como contribuíam fortemente para o chamado "escudo forte", que o Economist chamou de "escudo colonial".

A Revolução dos Cravos

A Revolução dos Cravos, refere-se a um período da história de Portugal resultante de um movimento social, ocorrido a 25 de abril de 1974, que depôs o regime ditatorial do Estado Novo, vigente desde 1933, e iniciou um processo que viria a terminar com a implantação de um regime democrático e com a entrada em vigor da nova Constituição a 25 de abril de 1976, com uma forte orientação socialista na sua origem.

General António Spínola
Esta acção foi liderada por um movimento militar, o Movimento das Forças Armadas (MFA), que era composto na sua maior parte por capitães que tinham participado na Guerra Colonial e que tiveram o apoio de oficiais milicianos. Este movimento surgiu por volta de 1973, baseando-se inicialmente em reivindicações corporativistas como a luta pelo prestígio das forças armadas, acabando por atingir o regime político em vigor. 

Com reduzido poderio militar e com uma adesão em massa da população ao movimento, a resistência do regime foi praticamente inexistente e infrutífera, registando-se apenas 4 civis mortos e 45 feridos em Lisboa pelas balas da DGS.

O movimento confiou a direção do País à Junta de Salvação Nacional, que assumiu os poderes dos órgãos do Estado. A 15 de maio de 1974, o General António de Spínola foi nomeado Presidente da República. O cargo de primeiro-ministro seria atribuído a Adelino da Palma Carlos. Seguiu-se um período de grande agitação social, política e militar conhecido como o PREC (Processo Revolucionário Em Curso), marcado por manifestações, ocupações, governos provisórios, nacionalizações e confrontos militares que, terminaram com o 25 de Novembro de 1975.

Estabilizada a conjuntura política, prosseguiram os trabalhos da Assembleia Constituinte para a nova constituição democrática, que entrou em vigor no dia 25 de Abril de 1976, o mesmo dia das primeiras eleições legislativas da nova República. Na sequência destes eventos foi instituído em Portugal um feriado nacional no dia 25 de abril, denominado como "Dia da Liberdade".

A Preparação do Golpe

A primeira reunião clandestina de capitães foi realizada em Bissau, em 21 de agosto de 1973. Uma nova reunião, em 9 de setembro de 1973 no Monte Sobral (Alcáçovas) dá origem ao Movimento das Forças Armadas. No dia 5 de março de 1974 é aprovado o primeiro documento do movimento: Os Militares, as Forças Armadas e a Nação.

Este documento é posto a circular clandestinamente. No dia 14 de março o governo demite os generais Spínola e Costa Gomes dos cargos de Vice-Chefe e Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, alegadamente por estes se terem recusado a participar numa cerimónia de apoio ao regime. 

No entanto, a verdadeira causa da expulsão dos dois Generais foi o facto do primeiro ter escrito, com a cobertura do segundo, um livro, Portugal e o Futuro, no qual, pela primeira vez uma alta patente advogava a necessidade de uma solução política para as revoltas separatistas nas colónias e não uma solução militar.

No dia 24 de março, a última reunião clandestina dos capitães revoltosos decide o derrube do regime pela força. Prossegue a movimentação secreta dos capitães até ao dia 25 de abril. A mudança de regime acaba por ser feita por acção armada.

A Revolução à esquerda e à direita

A Revolução dos Cravos continua a dividir a sociedade portuguesa, sobretudo nos estratos mais velhos da população que viveram os acontecimentos, nas facções extremas do espectro político e nas pessoas politicamente mais empenhadas. A análise que se segue refere-se apenas às divisões entre estes estratos sociais.

Extremam-se entre eles os pontos de vista dominantes na sociedade portuguesa em relação ao 25 de abril. Quase todos reconhecem, de uma forma ou de outra, que a revolução de abril representou um grande salto no desenvolvimento político-social do país.

À esquerda, pensa-se que o espírito inicial da revolução se perdeu. O PCP lamenta que não se tenha ido mais longe e que muitas das chamadas "conquistas da revolução" se tenham perdido. Os sectores mais conservadores de direita tendem a lamentar o que se passou. De uma forma geral, uns e outros lamentam a forma como a descolonizaçãofoi feita. 

A direita lamenta as nacionalizações no período imediato ao 25 de abril de 1974, afirmando que a revolução agravou o crescimento de uma economia já então fraca. A esquerda defende que a o agravamento da situação económica do país é consequente de medidas então programadas que não foram aplicadas ou que foram desfeitas pelos governos posteriores a 1975, desfeitas as utopias da construção de um socialismo democrático.

O Cravo Vermelho

O cravo vermelho tornou-se o símbolo da Revolução de Abril de 1974. Segundo se conta, foi Celeste Caeiro, que trabalhava num restaurante na Rua Braancamp de Lisboa, que iniciou a distribuição dos cravos vermelhos pelos populares que os ofereceram aos soldados. Estes colocaram-nos nos canos das espingardas. Por isso se chama ao 25 de Abril de 74 a "Revolução dos Cravos".

As razões dos capitães

Nesse momento, em que são reveladas as divisões existentes no seio da elite do regime, o MFA, movimento secreto, decide levar adiante um golpe de estado. O movimento nasce secretamente em 1973 da conspiração de alguns oficiais do exército, numa primeira fase unicamente preocupados, não com a guerra ou com o nível de vida do Povo, mas com questões de carreira militar. ( evitar a ascensão de oficiais milicianos à Academia Militar e portanto seguir a carreira militar convencional)

Salgueiro Maia

Honor ao Mérito - O melhor da Revolução dos Cravos !

Militar de méritos reconhecidos, dotado de uma inteligência superior e de uma coragem e lealdade invulgares, dele se diz "ter sido o melhor de entre os melhores dos corajosos e generosos Militares de Abril". Nasceu em Castelo de Vide. Fez os estudos secundários no Colégio Nun'Álvares, em Tomar e no Liceu Nacional de Leiria.

Entrou para a Academia em 1964 e em 1966 ingressou na Escola Prática de Cavalaria de Santarém. Combateu na Guiné e em Moçambique, já com a patente de capitão. Foi um dos elementos activos do MFA. 

No dia 25 de Abril de1974, comandou a coluna militar que saiu da EPC de Santarém e marchou sobre Lisboa, ocupando o Terreiro do Paço. Horas mais tarde comanda o cerco ao Quartel do Carmo que termina com a rendição de Marcelo Caetano. Foi membro activo da Assembleia do MFA, durante os governos provisórios, mas não aceitou qualquer cargo político no pós 25 de Abril.

A 25 de Novembro de 1975 sai da EPC, comandando um grupo de carros às ordens do Presidente da República. Será transferido para os Açores, só voltando a Santarém em 1979, onde ficou a comandar o Presídio Militar de Santa Margarida. Em 1984 regressa à EPC.

Em 1983 recebe a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade, em 1992, a título póstumo, o grau de Grande Oficial da Ordem da Torre e Espada e em 2007 a Medalha de Ouro de Santarém. Faleceu em Santarém, a 3 de Abril de 1992, vítima de cancro.

2016 - Marcelo condecora Salgueiro Maia em gesto de “reparação histórica”

O Presidente da República atribuiu, a título póstumo, a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique a Salgueiro Maia, num gesto de “reconhecimento da pátria portuguesa”, dizendo que nunca é tarde para a “reparação histórica”.

A viúva do capitão de Abril, Natércia Salgueiro Maia, que recebeu das mãos de Marcelo Rebelo de Sousa esta condecoração, disse estar “reconfortada pela decisão do senhor Presidente” e agradeceu-lhe, emocionada. O filho de Salgueiro Maia, Filipe, e a neta, Daniela, também estiveram presentes nesta cerimónia, que decorreu na Sala dos Embaixadores do Palácio de Belém, em Lisboa.



Numa curta intervenção, de cerca de cinco minutos, o chefe de Estado defendeu que “Portugal não é avaro em gratidão”, embora isso possa acontecer tardiamente.

“Pode demorar tempo. Pode haver quem, por distração, por considerar que é mais importante o que não é, não preste a homenagem devida no tempo devido. Mas há sempre a hipótese de reparar. Essa reparação histórica, esse reconhecimento histórico está feito”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa.

Natércia Salgueiro Maia considerou “muitíssimo justas” as palavras do Presidente da República e recordou que passou com o marido “momentos de alguma mágoa e tristeza pela forma como era tratado”.

“Algumas vezes ouvi-o desabafar: tratam-me como se eu fosse um traidor à pátria, então, que me julguem. Infelizmente, o meu marido já não está entre nós. Por ele, sinto-me reconfortada pela decisão do senhor Presidente em lhe atribuir esta condecoração. Muito obrigada”, acrescentou.

Testemunho de protagonistas do 25 de Abril
"O regime assentava na opressão, e a opressão assentava no medo. Quando as pessoas começam a perder o medo também é contagioso. Portanto, muitos elementos que à partida se mantinham nas posições em que estavam porque tinham medo, começam a ver os outros a partir as amarras e eles também as partem por arrastamento.

Chega-se à tal situação, em que o regime eram meia dúzia de indivíduos que viviam à custa do contexto, e são esses que ficam isolados, com dois argumentos de peso: a opinião pública, mas também a comunicação social a dizer que tínhamos uma força que ficava aquém da verdadeira. Houve uma jogada de bluff, e essa jogada, por arrastamento, fez desmoronar o castelo, mas sem bases, pois nós não tínhamos força mas não tínhamos outra situação."
Entrevista de Salgueiro Maia à CD25A em 1991

Período de 25 de Abril de 1974 a 25 de Novembro de 1975

Comunistas ao ataque

Portugal passou por um período conturbado que durou cerca de 2 anos, comummente referido como PREC (Processo Revolucionário Em Curso), marcado pela luta e perseguição politica entre as facções de esquerda e direita. Foram nacionalizadas as grandes empresas.

Foram igualmente "saneadas" e muitas vezes forçadas ao exílio personalidades que se identificavam com o Estado Novo ou não partilhavam da mesma visão politica que então se estabelecia para o país. No dia 25 de Abril de 1975 realizaram-se as primeiras eleições livres, para a Assembleia Constituinte, que foram ganhas pelo PS.

Na sequência dos trabalhos desta assembleia foi elaborada uma nova Constituição, de forte pendor socialista, e estabelecida uma democracia parlamentar de tipo ocidental. A constituição foi aprovada em 1976 pela maioria dos deputados, abstendo-se apenas o CDS.

A guerra colonial acabou e, durante o PREC, as colónias africanas e Timor-Leste tornaram-se independentes


Purgaram-se os serviços das forças armadas e civis, e Spínola foi retirado do lugar esubstituído por Costa Gomes, que indicou o Coronel Vasco Gonçalves para formar um governo, apoiado pela ala Marxista do MFA.. As eleições para a assembleia constituinte (Abril) mostraram que este regime tinha pouco apoio, mas Gonçalves continuou a tentar impor o programa Marxista. 

Garantiu-se a independência à Guiné Portuguesa ( como Guiné-Bissau) quase imediatamente a seguir à revolução, e em 1975 Angola e Moçambique tornaram-se estados soberanos, assim como o fizeram os outros territórios Portugueses na África.

Assim terminava (e talvez não da melhor forma), o envolvimento colonial de Portugal no continente africano, e que tinha começado em 1415. 

Em Angola, os marxistas, recebendo substancial ajuda militar de Cuba, tomaram conta do governo. Das antigas colónias de Portugal em África, regressaram a Portugal cerca de um milhão de pessoas, adicionando o problema dos refugiados à séria crise política e económica.

"Chaimites" em Lisboa
Tribunais Plenários
Juiz continuava a despachar a 6 de Maio de 1974

Em 1974, a extinção de PIDE/DGS e dos tribunais plenários eram medidas concretas a aplicar, de imediato e de acordo com o Programa do Movimento das Forças Armadas. Apesar disto, o Tribunal Plenário de Lisboa, na segunda semana de Maio, ainda funcionava.

O processo dos implicados no caso da ARA (Acção Revolucionária Armada), o último a ser julgado, no Tribunal da Boa Hora, com mais uma audiência para as 9 e 30 horas, do próprio 25 de Abril e que não se efectuou, por motivos óbvios, ainda deu lugar a um despacho, com data de 6 de Maio de 1974. Está assinado pelo juiz Fernando Lopes de Melo.

Com os acusados em liberdade, aquele corregedor do 2.º Juízo Criminal de Lisboa e já invocando decretos-leis do MFA e da Junta de Salvação Nacional considerava os autos concluídos e o processo encerrado. Escreveu com o seu próprio punho: "Julgo extinto pela amnistia o procedimento criminal contra os réus."

Fernando Luso Soares, advogado de um dos dos réus, Carlos Coutinho, em requerimento que deu entrada no plenário da Boa Hora, no dia 30 de Abril de 1974, exigia ao tribunal que fosse restituído um automóvel apreendido pela PIDE e que pertencia ao seu constituinte.

No requerimento dirigido ao juiz Fernando Lopes de Melo advertia que, como advogado, "vai desde já instaurar acção cível de indemnização contra todos os indivíduos (altíssimos, altos, médios, baixos ou baixíssimos dirigentes, dirigidos e executantes) que se mostrem conectiva mente responsáveis pelo passadio moral e psíquico a que, no seu caso, foi sujeito Carlos Alberto da Silva Coutinho. Deste modo, accionará evidentemente aqueles que neste momento se passeiam em atlântico trottoir indecoroso, que são os mais altos responsáveis morais (co-autores) do torcionarismo".

Salientava ainda a Lopes de Melo: "É hoje facto indiscutivelmente notório o daquela miséria torcionária em que, infelizmente, o ex-tribunal plenário persistia em não acreditar, não obstante os brados dos réus (vítimas) e dos advogados (tolhidos na defesa séria dos seus patrocinados mercê de pseudoleis de excepção imoralíssima e inconstitucional)."

Mas só a 6 de Maio de 1974, Fernando Lopes de Melo, do 2.º Juízo Criminal da Comarca de Lisboa, decidiu, notificando: "A apreensão dos veículos é levantada, devendo os mesmos serem restituídos aos seus proprietários."

Aquilino denunciou mecanismo tenebroso

Está ainda por escrever e publicar a história pormenorizada dos tribunais plenários, um dos mais tenebrosos mecanismos repressivos do salazarismo. Durante quase três décadas, elevado número de juízes e agentes do Ministério Público e quadros da PIDE mantiveram uma colaboração recíproca. Essa cumplicidade de magistrados com a polícia política ficou denunciada em páginas vigorosas de Aquilino Ribeiro, em Quando os Lobos Uivam, apreendido pela PIDE e objecto de processo instaurado ao escritor.

"É uma peça memorável, que honra a advocacia portuguesa", escreveu Mário Soares, a propósito da notável defesa de Aquilino feita pelo advogado Heliodoro Caldeira, ao desmontar o processo iniciado na Polícia Judiciária por Pedro Geraldes Cardoso; instruído por Fernando Lopes de Melo, como Ministério Público e que passou aos juízes António Teixeira de Andrade e Luís Filipe Teles Correia Barreto (Alfredo Caldeira/Diana Andringa Em Defesa de Aquilino Ribeiro, edições Terramar).

Também na sua dupla qualidade de preso político e de advogado, Mário Soares, no Portugal Amordaçado e no primeiro volume da biografia dialogada com Maria João Avilez Soares: Ditadura e Revolução, ocupa-se do funcionamento dos plenários.

Outros advogados também deixaram testemunhos impressionantes acerca daqueles tribunais e da conduta de magistrados que os integravam. Além de vários livros de Sebastião Ribeiro (Seis Casos e Confusão, entre outros) destacam-se as memórias de Alexandre Babo, recentemente publicadas.

"No Plenário de Lisboa", escreveu Alexandre Babo, "muitas vezes os réus foram espancados pelos agentes da PIDE durante os julgamentos e arrancados dali à força, quando exigiam apresentar as suas razões. E isto com a aquiescência dos juízes que constituíam o tribunal." 

Assinala ainda Alexandre Babo que o Plenário de Lisboa "atingiu um grau de corrupção e de falta de vergonha com actuações claramente pidescas" (Recordações de Um Caminheiro, editorial Escritor).

Presentemente, Alexandre Babo e Manuel João da Palma Carlos são dois sobreviventes dos muitos advogados que intervieram, primeiro, nos tribunais militares especiais e depois nos plenários de Lisboa e Porto, desde o seu início, em 1945, até 1974.

PREC - Processo Revolucionário em Curso

PREC - Com esta expressão, normalmente usada apenas sob a forma de sigla, designava-se a vaga de atividades levadas a cabo pela esquerda e pela extrema-esquerda com vista à conquista do poder de Estado. 

Gerada no seio do jargão político inovador a que a Revolução do 25 de abril deu vida, a sigla PREC, correspondente à expressão Processo Revolucionário em Curso, designava a forte movimentação social e política registada em Portugal em 1974/1975, com particular ênfase entre o 28 de setembro de 1974 e o 25 de novembro de 1975. 
Vasco Gonçalves

Trata-se de um período de grande agitação social e política, em que as organizações sindicais, dotadas de grande vitalidade, conduzem em vários setores lutas reivindicativas ora de carácter economicista ora de carácter político, sempre fortemente participadas.

Aprofunda-se uma Reforma Agrária destinada a eliminar o latifúndio da paisagem rural portuguesa, e em que as autoridades tradicionalmente aceites são frontalmente contestadas, assistindo-se à criação ou à tentativa de criação de poderes paralelos nas Forças Armadas, ao cerco do Parlamento e consequente sequestro dos deputados por grande massa de grevistas, e a outros fenómenos de carácter revolucionário. 

Toda esta movimentação social decorre num ambiente político caracterizado pela instabilidade, em que a todo o momento circulam rumores de golpes político-militares das mais variadas tendências, uns provavelmente baseados em dados objetivos, outros meras construções arbitrárias e fantasistas, destinadas a mistificar a opinião pública. 

É neste ambiente político em que se cruzam intentonas e "inventonas" (outro neologismo da época) que se desenvolve o PREC, amplo e permanente movimento revolucionário, impulsionado ou potenciado pelos partidos e organizações de esquerda e extrema-esquerda com vista à conquista do poder de Estado, o qual encontrará o seu termo quando essas forças sofrem uma pesada derrota em consequência dos acontecimentos de 25 de novembro de 1975.

Timor - Invasão pela Indonésia
O "esquerdismo" da Metrópole assustou a Indonésia

A 28 de Novembro de 1975, após uma breve guerra civil, a República Democrática de Timor-Leste foi proclamada. Apenas uns dias depois, a 7 de Dezembro de 1975, a nova nação foi invadida pela Indonésia que a ocupou durante os 24 anos seguintes. Timor mergulhou na violência fratricida e o governador Mário Lemos Pires, destituído de orientações precisas de Lisboa e sem forças militares suficientes para repor a autoridade portuguesa, abandonou a capital e refugiou-se na ilha de Ataúro.

Xanana Gusmão
A Indonésia justificou a invasão alegando a defesa contra o comunismo, discurso que lhe garantiu as simpatias do governo dos EUA e da Austrália, entre outros, mas que não impediu a sua condenação pela Comunidade Internacional.

A invasão indonésia seguiu-se uma das maiores tragédias do pós II Guerra Mundial. A Indonésia recorreu a todos os meios para dominar a resistência: calculam-se em duzentas mil as vítimas de combates e chacinas; as forças policiais e militares usavam de forma sistemática e sem controlo meios brutais de tortura, a população rural, nas áreas de mais acesa disputa com a guerrilha, era encerrada em "aldeias de recolonização", procedeu-se à esterilização forçada de mulheres timorenses.

Simultaneamente, a fim de dar ao facto consumado da ocupação um carácter irreversível, desenvolveu-se uma política de descaracterização do território, quer no plano cultural (proibição do ensino do português e a islamização), quer no plano demográfico (javanização), quer ainda no plano político (integração de Timor na Indonésia como sua 27ª província). A esta descaracterização há que acrescentar a exploração das riquezas naturais através de um acordo com a Austrália para a exploração do petróleo no Mar de Timor.
D.Carlos Ximenes Belo

No terreno, a guerrilha não se rendeu, embora com escassos recursos materiais, humanos e financeiros e apesar de ter sofrido pesados desaires, como a deserção de dirigentes e a perda de outros, pela morte em combate de Nicolau Lobato ou por detenção de Xanana Gusmão.

Embora reduzida a umas escassas centenas de homens mal armados e isolados do mundo, conseguiu, nos tempos mais recentes, alargar a sua luta ao meio urbano com manifestações de massas e manter no exterior uma permanente luta diplomática, para o que contou, em muitas circunstâncias, com a compreensão e o apoio da Igreja Católica local, liderada por D. Carlos Ximenes Belo, bispo de Díli. (Prémio Nobel da Paz-1996)

Independência

Em 30 de Agosto de 1999, os timorenses votaram por esmagadora maioria pelaindependência, pondo fim a 24 anos de ocupação indonésia, na sequência de umreferendo promovido pelas Nações Unidas. Em 20 de Maio de 2002 a independência deTimor-Leste foi restaurada e as Nações Unidas entregaram o poder ao primeiro Governo Constitucional de Timor-Leste.

O 25 de Novembro de 1975 - Fim do esquerdismo louco

Golpe militar que pôs fim à influência comunista internacional e da esquerda militar radical no período revolucionário (PREC) iniciado em Portugal com o 25 de Abril de 74.

Ramalho Eanes
Esta acção militar constituiu uma resposta à resolução do Conselho de Revolução de desmantelar a base aérea de Tancos e de substituir alguns comandantes militares. Os partidários do designado "Poder Popular" ocupam então várias bases militares, bem como meios de comunicação social.

Este contra-golpe foi levado a cabo pelos militares da ala moderada, na qual se enquadrava Vasco Lourenço, Jaime Neves e Ramalho Eanes. Consequentemente, o almirante Pinheiro de Azevedo permaneceu no poder enquanto primeiro-ministro do VI Governo Provisório e demitiram-se alguns militares entre os quais Otelo Saraiva de Carvalho.

O 25 de Novembro traduziu militarmente aquilo que a nível político se vivera no Verão Quente de 1975 dando origem a uma crescente estabilidade permitida pelo reforço do pluri-partidarismo e da Assembleia Constituinte, que se tornou visível com a redacção da Primeira Constituição verdadeiramente democrática: a Constituição da República.

Em Abril de 1976 um governo de transição sob o controlo do Almirante José Pinheiro de Azevedo convocou eleições gerais, nas quais os resultados foram os seguintes: 

Eleições Presidenciais de 1976

Candidatovotos %
Ramalho Eanes2.967.137
61,59%
Otelo Saraiva de Carvalho792.760
16,46%
Pinheiro de Azevedo692.147
14,37%
Octávio Pato365.586
7,59%


Ramalho Eanes é eleito Presidente da República


Eanes ( António dos Santos Ramalho ) Ex-presidente da República Portuguesa, nasceu em Alcaíns , Castelo Branco em 25 de Janeiro de 1935. Completado o Curso dos Liceus, ingressa na Escola do Exército em 1953. Sai alferes de infantaria em 1957, e é major quando eclode o 25 de Abril. Tenente coronel em Dezembro de 1974, é graduado em general de 4 estrelas em 1974 e promovido por distinção ao mesmo posto em 1978. 

Na sua vida militar constam várias comissões no Ultramar. Foi director de programas da RTP. Em 1976 ganhou as eleições para presidente da República por larga maioria e volta a ganhá-las em 1981. Foi chefe do Estado Maior das Forças Armadas. Tem várias condecorações portuguesas e estrangeiras.


As Nacionalizações - O Desastre Económico do 25 de Abril
Traduzido de "Portugal a Country Study"

A reforma do comité de coordenação das MFA em Março de 1975 levou ao poder umgrupo de oficiais de orientação marxista que juntamente com a CGT - Confederação Geral dos Trabalhadores conhecida como Intersindical e dominada pelos comunistas até 1977 (e ainda hoje), pensaram em fazer uma reforma radical no sistema social e na política económica do país. 

Abandonando a sua postura de reforma moderada, os dirigentes do MFA iniciaram uma campanha de nacionalizações e expropriação de terras. Durante esse período de cerca de um ano, o governo nacionalizou todas as empresas de capital privado na banca, nos seguros, petroquímica, fertilizantes, tabaco, cimento e celulose.

Foram nacionalizadas também todas as empresas de produção de ferro e de aço ( Siderurgia ), as maiores cervejarias, as maiores companhias de navegação marítima, as maiores empresas de transporte público, dois dos três principais estaleiros de construção e reparação naval, o núcleo de companhias da CUF - Companhia União Fabril, as estações de rádio e a TV, excepto a Rádio Renascença de orientação da Igreja Católica. 

Foram nacionalizadas também importantes companhias nas áreas do vidro, minas, pescas, e sectores agrícolas. Como os bancos que foram nacionalizados eram detentores de inúmeras acções privadas o estado adquiriu o control de centenas de outras firmas. Foi criado um Instituto da Participação do Estado - IPE para manejar todas as mais díspares empresas onde o estado tinha assim adquirido uma maioria accionista. 

Outras cerca de 300 pequenas e médias empresas foram intervencionadas para as salvar da bancarrota que os saneamentos provocados pelos seus empregados, ou seu abandono pelos seus legítimos e desiludidos proprietários tinham provocado.

Claro que os investimentos directos estrangeiros ficaram exentos da nacionalização, mas muitas empresas de investimento estrangeiro diminuíram ou cessaram as suas operações em Portugal devido ao aumento de custo laboral e às greves e exigências dos trabalhadores. 

A combinação de políticas revolucionárias e clima negativo para o empreendimento reverteu a tendência que tinha havido até então nos investimentos estrangeiros em Portugal. Um estudo dos economistas Maria Belmira Martins e José Chaves Rosa mostrou que um total de 244 empresas privadas foram directamente nacionalizadas durante um período de dezasseis meses entre o 14 de Março de 1975 a 29 de Julho de 1976.

Como um exemplo, a Quimigal, a entidade de quimicos e fertilizantes, representou a junção de cinco firmas privadas. Quatro outras grandes companhias foram integradas na companhia nacional de petróleos, Petróleos de Portugal - Petrogal. Quatorze empresas privadas de produção de energia eléctrica foram juntas num simples monopólio de producção e distribuição de energia eléctrica, Electricidade de Portugal - EDP.

Houve casos, como por exemplo nas zonas servidas pela Hidro Eléctrica da Serra da Estrela, uma das primeiras Hidro Eléctricas a funcionar em Portugal (desde 1907), onde o custo por KW/hora da energia eléctrica, aumentou de tal forma depois da nacionalização que tornou proibitivo aos habitantes dessas zonas o consumo de energia como o faziam nos tempos da companhia privada.

Com a nacionalização juntaram-se três firmas produtores de tabaco com o nome deTabaqueira, e o estado agarrou o controlo total desta industria. As diversas fábricas e distribuidoras de cerveja, foram integradas em duas firmas estatais, , Central de Cervejas (Centralcer) e Unicer. Criou-se uma simples empresa estatal a Rodoviária, que juntou a nacionalização de noventa e três empresas privadas de camionagem.

As quarenta e sete fábricas de cimento, controladas principalmente pelo grupo Champalimaud foram integradas nos Cimentos de Portugal (Cimpor). O governo adquiriu também uma posição dominante na indústria de construção naval destinada à exportação e na reparação naval.

Algumas empresas nacionalizadas mantiveram os mesmos nomes que tinham quando eram empresas privadas. Entre estas estão a companhia de produção de ferro e aço, Siderurgia Nacional. Os caminhos de ferro, Caminhos de Ferro Portugueses - CP; e a companhia áerea nacional, Transportes Aéreos Portugueses - TAP ( Hoje TAP - Air Portugal ).

Ao contrário dos outros sectores, onde as firmas privadas existentes foram transformadas em monopólios estatais, o sistema de bancos comerciais e os seguros ficaram com um certo grau de competição. Em 1979 o número de bancos foi reduzido de 15 a nove. Apesar do seu estatuto público os bancos permaneceram a competir uns com os outros mantendo as suas identidades individuais e umas certas diferenças nas suas actividades..

Antes da revolução de 1974 a iniciativa privada dominava a economia portuguesa num grau muito superior aos dos outros países ocidentais. Existia apenas uma uma pequena quantidade de empresas pertencentes ao estado. Os correios, a indústria de armamento, os portos, o Banco Nacional de Desenvolvimento e a Caixa Geral de Depósitos. 

O governo português tinha interesse minoritários na TAP, a linha aérea nacional, na Siderurgia Nacional , e na refinação e comercialização do petróleo. Os caminhos de ferro, dois bancos coloniais, e o Banco de Portugal eram maioritariamente privados mas administrados pelo estado. Finalmente ainda que de propriedade privada. as companhias de tabaco e a Rádio Marconi operavam debaixo de concessão governamental.

Dois anos depois do golpe militar o "engordado" sector público atingia 47% do ( GFCF- Gross Fixed Capital Formation ), 30% do valor acrescentado ( VA ), e 24% do emprego. Estes valores eram em 1973, 10% para o GFCF, 9% para o VA e 13% para os tradicionais empregos públicos. 

A expansão do sector público depois da revolução foi particularmente de monta na indústria de manufactura pesada, nos serviços públicos, incluindo a electricidade, gás, transportes e comunicações, na banca e nos seguros. 

Mais tarde, de acordo com o Instituto para as Participações do Estado - IPE, estes números não incluíam as empresas privadas com intervenção temporária do estado, as empresas privadas com participação minoritária do estado ( menos que 50% das acções ), ou firmas manejadas pelos trabalhadores ou cooperativas agrícolas.

Os erros da "Revolução dos Cravos" 

Tal como na vida das pessoas, na vida das sociedades há opções de um tempo que se prolongam no tempo e têm consequências nefastas no futuro. Quando se afirma - e com razão - que o País (os portugueses) tem de encarar a realidade e ter a noção de que está a viver acima das suas possibilidades, fala-se de presente e de futuro. 

Mas também de passado. Chegámos aqui não apenas porque, ao longo dos anos, os diversos poderes políticos não foram capazes - ou não tiveram coragem - de ir ao fundo das questões. Mas também porque a base de que se partiu inscreveu a utopia e o erro na matriz de organização socioeconómica da sociedade. E essa matriz radica na chamada"Revolução dos Cravos", isto é, no período que se seguiu ao 25 de Abril.

Se o 25 de Abril foi uma data positiva e indispensável para a resolução dos problemas políticos do país - guerras coloniais, democratização -, já o pós-25 de Abril, do ponto de vista da economia, funcionou como um entrave ao desenvolvimento sustentado, na medida em que inscreveu a utopia do hiper-intervencionismo estatal como panaceia para todos os males da sociedade.

A destruição do aparelho produtivo vindo do regime anterior, a entrega à asa protectora do Estado não apenas da definição das políticas económicas globais como da gestão das empresas, o desmesurado aumento dos quadros do funcionalismo público, o clientelismo político partidário que a dependência das empresas estatizadas por parte dos governos proporcionou foram factor importante no aumento da despesa pública. 

E a lentidão com que as mudanças constitucionais necessárias ao livre funcionamento da economia e do mercado foram introduzidas - através do acordo de revisão constitucional assinado pelo então líder socialista, Vítor Constâncio, e líder social-democrata e primeiro-ministro, Cavaco Silva - retardou o despertar da vida económica.

A desestatização demorou duas décadas, os malefícios da "reforma agrária" demoraram um decénio a ser corrigidos. Mas a ideia de um Estado "saco azul" permaneceu e este é um dos obstáculos com que se vai confrontar este Governo, como sucedeu com os anteriores.

No pós-25 de Abril, duas palavras sintetizaram a criação deste novo espírito, o de que o Estado responde a tudo e tem fundos para tudo faça-se isto ou aquilo "já", "eles" que resolvam como. O "já" correspondia à utopia, criada pela parte da esquerda radical que assaltou o poder - não apenas pelo controlo da máquina política e administrativa do Estado mas também pela incorporação na máquina estatal dos sectores essenciais da vida económica - de que um certo socialismo correspondia à construção de um país de leite e de mel, onde todos os problemas se resolviam, "já", à Robin dos Bosques. 

O "eles" era sequência natural do "já": o poder, os políticos, o Estado (essa coisa abstracta) que encontrassem formas de responder às necessidades, reais ou irreais, dos cidadãos. O viciante exercício do "eles" conduziu os cidadãos à ideia de que tinham (têm) direitos, mas não deveres para com a coisa pública. O excessivo crescimento do sector estatal e dofuncionalismo público, adicionado à conjugação do "já", conduziu à hiper-valorização dos "direitos adquiridos", em detrimento do bom funcionamento presente e futuro das empresas e da economia.

A CUF em 1974 (antes do 25 de Abril e das Nacionalizações )

Para se ter uma ideia do desastre das Nacionalizações, veja-se o exemplo da CUF, Companhia União Fabril. Milhares de "TACHOS" bem pagos aos novos e incapazes dirigentes políticos dessas Empresas e centenas de milhares de postos de trabalho que se foram perdendo com a liquidação das Empresas "manejadas" pelo Estado, que salvo raras excepções, sempre dão tremendos prejuízos.

No início de 1974, antes da Revolução dos Cravos a 25 de Abril desse ano e sua posterior nacionalização, a CUF era umconglomerado que detinha as seguintes empresas :

Banca e Investimentos Financeiros
  • Banco Totta & Açores (1970)
  • Banco Totta – Standart de Angola (1966)
  • Banco Standart Totta de Moçambique (1966)
  • SOGESTIL – Sociedade de Gestão de Títulos
  • SOGEFI – Sociedade de Gestão e Financiamento (1964)
  • Sociedade Geral
  • International Factors Portugal (1965)
  • COBRIMPE – Cobranças, Organização e Assistência a Empresas (1972)

Indústria de Construção

  • EMACO – Empresa de Gestão e Construções (1964)
  • REALIMO – Estudos e Realizações Imobiliárias (1969)
  • FUNDUS – Administração e Participações Financeiras
  • SAEMA – Empreendimentos Financeiros e Comerciais (1964)
  • IMOBUR
Seguros e Resseguros
  • Companhias de Seguros Império – Sagres – Universal

Engenharia, Organização e Consulta
  • ENI – Electricidade Naval e Industrial (1969)
  • FRINIL – Frio Naval e Industrial (1971)
  • Empresa Geral de Fomento, planeamento e coordenação de empresas (1947)
  • NORMA – Sociedade de Estudos para o Desenvolvimento de Empresas (1963)
  • PENTA – Publicidade (1970)
  • PROFABRIL – Centro de Projectos (ex. centro de projectos C.U.F.)

Sector Químico
  • Interacid, Inc. (1971)
  • Companhia Portuguesa do Cobre (1943)
  • U.F.A. – União Fabril do Azoto (1948)
  • Lusofane (1962)
  • PREVINIL – Empresa Preparadora de Compostos Vinílicos (1969)
  • Microfabril – Sociedade Industrial de Bioquímica (1961)
  • VECOM – Sociedade de Limpezas Químicas e Protecções Especiais (1969)

Sector Têxtil
  • PROTEXTIL – promoção da indústria têxtil (1963)
  • SITENOR – Sociedade de Indústrias Têxteis do Norte (1962)
  • IPETEX – Sociedade de Indústrias Pesadas Têxteis (1965)
  • CICOMO – Companhia Industrial de Cordoarias de Moçambique (1966)
  • Companhia Têxtil do Punguè (1959)
  • SIGA – Sociedade Industrial de Grossarias de Angola (1951)
  • FISIPE – Fibras Sintéticas de Portugal (1973)

Sector de Higiene e Alimentação
  • COMPAL – Companhia de Conservas Alimentares (adquirida em 1963)
  • UNICLAR – Internacional de Cosmética (1971)
  • UNISOL – Sociedade de Distribuição e Exportação (1967)
  • SONADEL – Sociedade Nacional de Detergentes (1956)
  • FLORAL – Sociedade de Perfumaria e Produtos Químicos (1937)
  • INDUVE – Industrias Angolanas de Óleos Vegetais (1957)
  • PROALIMENTAR – Companhia de Produtos Alimentares do Centro (1968)
  • SICEL – Sociedade Industrial de Cereais (1963)
  • SOVENA – Sociedade Vendedora de Glicerinas (1956)
  • SOVENCOR – Sociedade Distribuidora de Óleos e Sabões nos Açores (1964)
  • SAPOMAR – Sociedade Madeirense de Sabões (1966)
  • SUPA – Companhia Portuguesa de Supermercados: Pão de Açúcar (1969)
  • GERTAL – Companhia Geral de Restaurantes e Alimentação (1973)
  • Restaurantes: Alvalade, Varanda do Chanceler, e Alfredo´s (Alvor)

Sector Metalo-Mecânico
  • MOMPOR – Companhia Portuguesa de Montagens Industriais (1972)
  • EQUIMETAL – Empresa Fabril de Equipamentos Metálicos (1973)
  • FERUNI – Sociedade de Fundição (1969)

Sector Eléctrico
  • JOMAR – cabos eléctricos e telefónicos (adquirida em 1972)
  • EFACEC – Empresa Fabril de Máquinas Eléctricas (1948)

Industrias Petroquímicas
  • PETROSUL – Sociedade Portuguesa de Refinação de Petróleos (em associação com a SONAP) 1972
  • Companhia Nacional de Petroquímica (1972)
  • Sociedade Portuguesa de Petroquímica (em associação com a SACOR) 1957
Minas
  • Sociedade Mineira de Santiago (1966)
  • ECA – Empresa do Cobre de Angola (1944)
  • Pirites Alentejanas (1973)

Indústria do Papel
  • Celuloses do Guadiana (1956)
  • CELBI – Celulose Beira Industrial (em associação com a Billerud) 1967

Tabaco
  • A TABAQUEIRA (1927)

Estaleiros Navais

  • LISNAVE – Estaleiros Navais de Lisboa (1961)
  • NAVALIS – Sociedade de Construção e Reparação Naval (1957)
  • REPROPEL – Sociedade de Reparação de Hélices Lda. (1971)
  • GASLIMPO – Sociedade de Gasgasificação de Navios (1967)
  • SETENAVE – Estaleiros Navais de Setúbal (1971)
  • Estaleiros Navais de Viana do Castelo (1945)
  • PROMARINHA – Gabinete de Estudos e Projectos (1969)
  • H. Parry & Son
  • Entrada da Lisnave
Navegação

  • Companhia Nacional de Navegação (1956)
  • Companhia Moçambicana de Navegação (1971)
  • Empresa Africana de Cargas e Descargas (1970)
  • NAVANG – Companhia de Navegação Angola (1970)
  • NAVETUR – Agências de Turismo e Transportes de Angola (1971)
  • NAVETUR – Agências de Turismo e Transportes de Moçambique (1969)
  • NAVEMAR – Agência de Navegação Marítima e Aérea (1970)
  • NORTEMAR - Agência Marítima do Norte Lda. (1971)
  • SAMAR – Sociedade de Agências Marítimas (1970)
  • SOCARMAR – Sociedade de Cargas e Descargas Marítimas (1969)
  • SONATRA – Sociedade Nacional de Tráfego (1953)
  • SOPONATA – Sociedade Portuguesa de Navios-Tanques (1947)
  • Suprema Compañía Naviera S.A. (Panamá)
  • TRANSFRIO – Sociedade Marítima de Transportes Frigoríficos (1964)
  • TRANSNAVI – Sociedade Portuguesa de Navios Cisternas (1967)
  • TRANSMINEIRA (1970)

  • O Principe Perfeito
Hotelaria e Turismo
  • HOTAL – Sociedade de Indústria Hoteleira do Sul de Portugal (1962)
  • SALVOR – Sociedade de Investimento Hoteleiro (1963)

Aluguer de Veículos
  • EUROCAR – Companhia Nacional de Aluguer de Automóveis (1965)
  • SARMENTAUTO - Automóveis de Turismo, Lda. (adquirida em 1973)

Empresas Diversas
  • Companhia Animatógrafica dos Restauradores, (Cinema Éden) 1941
  • ISU – Estabelecimentos de Saúde e Assistência (1971)
  • INTERCUF - Brasil (1973)
  • UNIFA – União Fabril Farmacêutica (1951)
  • TINCO – Sociedade Fabril de Tintas de Construção (em associação com a ICI) 1958
  • Editora Arcádia, publicação de livro (1957)
  • Blanchard Portuguesa (1974)
  • DCI - Desenvolvimento e Comércio Internacional (1974)
  • Companhia da Ilha do Príncipe
  • Empresa António Silva Gouvêa
  • SOCAJÚ
  • COMFABRIL – Companhia Fabril e Comercial do Ultramar
  • CPIN – Companhia Portuguesa de Industrias Nucleares (parceria com várias empresas)

Depois do 25 de Abril de 1974

Após a sua nacionalização por ordem dos governos que se seguiram à revolução do 25 de Abril de 1974, a CUF ficou desmembrada e enfraquecida. Muitos profissionais especializados, equipas de gestão e outros quadros superiores viram-se obrigados a abandonar o país, incluindo elementos da família fundadora da empresa.

Após um longo processo, elementos da família Mello conseguiram reerguer o grupo, que apesar de ter um peso considerável na economia portuguesa actual, está longe da grandiosidade do passado. 

Actualmente a CUF é uma holding pertencente ao Grupo José de Mello e detém participações em várias empresas do sector químico, detendo também uma posição de 3% no capital do Banco Comercial Português (BCP), o maior grupo financeiro privado português.

Sorefame

A empresa Sociedades Reunidas de Fabricações Metálicas, S. A. R. L., mais conhecida pelo acrónimo SOREFAME, foi uma sociedade anónima de responsabilidade limitada portuguesa, especializada na construção de componentes eléctricos e mecânicos pesados; fundada em 1943 por Ângelo Fontes para fabricar equipamentos hidromecânicos, afirmou-se, a partir da Década de 1950, como um importante construtor de material circulante ferroviário, em parceria com várias empresas internacionais.

Começou, no entanto, a declinar após a Revolução de 25 de Abril de 19742 , embora tenha retomado algum ritmo na Década de 1990; foi, no entanto, totalmente extinta em 2001, quando passou para a Bombardier Transportation.
Automotora 2004

Fabricou e vendeu equipamento ferroviário e estruturas metálicas para empreendimentos hidro-elétricos e outros, para Portugal, EUA, Rodésia, Brasil. Angola, Moçambique, Paquistão, Costa Rica, Venezuela, Guatemala etc. O autor deste Blog teve oportunidade de ver as grandes esclusas metálicas fabricadas pela Sorefame para a Barragem de Cachi na Costa Rica. A Sorefame tinha 4.100 empregados na década de 1970.

No entanto, a Revolução de 25 de Abril de 1974 veio trazer um clima de instabilidade social e política, o que atingiu fortemente esta empresa; com efeito, os trabalhadores começaram a realizar diversas greves, motivadas, principalmente, pelos despedimentos executados aquando da sua recente reorganização.

Por outro lado, também se verificou um aumento nos salários, o que teve efeitos nefastos na SOREFAME, devido ao seu uso de mão-de-obra intensiva. Desta forma, a empresa deixou de poder competir com outras empresas internacionais.

TAC - Tomografia Axial Computarizada (1974)
Prémio Nobel 1979

Nos fundamentos desta técnica trabalharam de forma independente o engenheiro electrónico e físico sul-africano nacionalizado norte-americano Allan McLeod Cormack e o engenheiro electrónico inglés Godfrey Newbold Hounsfield, que dirigía a secção médica do Laboratorio Central de Investigação da companhia EMI. Ambos obtiveram de forma compartida o Prémio Nobel de Fisiología ou Medicina en 1979.

Em 1967 Cormack publicou os seus trabalhos sobre a TC sendo o ponto de partida dos trabalhos de Hounsfield, que desenha a sua primeira unidade. Em 1972 começaram os ensaios clínicos cujos resultados surpreenderam a comunidade médica, se bem que a primeira imagem craneal se obteve um ano antes.


Primeiro TAC da EMI
Os primeiros cinco aparelhos foram instalados no Reino Unido e nos Estados Unidos ; o primeiro TAC de um corpo inteiro foi conseguido em 1974.

No discurso de apresentação do comité du Premio Nobel se destacou que antes do "scanner" “As radiografías da cabeza mostravam só os ossos do crânio, mas o cérebro permanecía como uma área cinzenta coberta por uma neblina, mas que subitamente a neblina se tinha dissipado”.

Como homenagem a Hounsfield, as unidades que definem as distintas densidades dos tecidos estudados no TAC denominam-se unidades Hounsfield.

Bill Gates fundador da Microsoft (1975)
O Génio do Software

William Henry Gates III , (Seattle, 28 de outubro de 1955) mais conhecido como Bill Gates, é um magnata, filantropo e autor norte-americano, que ficou conhecido por fundar junto com Paul Allen a Microsoft, a maior e mais conhecida empresa de software do mundo em termos de valor de mercado.

Gates ocupa atualmente o cargo de presidente não-executivo da Microsoft, além de ser classificado regularmente como a pessoa mais rica do mundo, posição ocupada por ele de 1995 a 2007, 2009, e em 2013 .É um dos pioneiros na revolução do computador pessoal.

Bill Gates
Foi fundada em 1975 por Bill Gates, então com 19 anos, em parceria com Paul Allen. O primeiro produto comercial da empresa foi o Altair BASIC para o MITS Altair (Micro Instrumentation Tlemetry System), produzido no mesmo ano. Em 1980 a empresa deu um passo decisivo ao adquirir da Seattle Computer Products o sistema operativo 86-DOS.

No ano de 1998, Gates promoveu Steve Ballmer, um amigo de longa data, ao posto de presidente da Microsoft e publicamente passou a ter uma participação menos ativa nos processos decisórios da empresa. Em 2 de março de 2005, ele foi condecorado com o título de Comandante Cavaleiro do Império Britânico.

Bill Gates anunciou no dia 16 de junho de 2006, que iria deixar progressivamente o cargo de diretor da Microsoft até 2008 para poder se ocupar da fundação de caridade Bill & Melinda Gates Foundation. No dia 27 de junho de 2008, Bill Gates retirou-se definitivamente da Microsoft para se dedicar inteiramente aos seus projectos filantrópicos.

Mesmo tendo anunciado a sua aposentadoria da Microsoft, na prática Bill Gates continuará dedicando 20% do seu tempo (um dia por semana) para assuntos relativos à Microsoft. Ele continua a atuar como chairman da Microsoft e conselheiro no desenvolvimento de projetos-chave. Ele somente não estará nas decisões do dia-a-dia e dedicará mais tempo e energia ao seu trabalho relacionado à saúde e educação na Fundação Bill & Melinda Gates.

Eleições Legislativas de 1976

Socialistas 107 lugares
Popular Democrata 73 lugares
Partido Social Democrata do Centro (conservador) 41 lugares
Partido Comunista 40 lugares. 

Mário Soares 1º ministro

Assim o povo Português rejeitava decididamente os comunistas e o líder dos Socialistas, Mário Soares, formava um governo de minoria. O General António Ramalho Eanes, chefe do estado maior (desde Novembro de 1975, depois de ter evitado uma revolução da ala esquerda das forças armadas) foi eleito presidente da Republica com 61,5 % dos votos válidos em Junho de 1976.

Governando sem uma maioria, e rejeitando uma coalizão, Soares foi demitido em Julho de 1978. O presidente Eanes tentou promover um governo de técnicos, mas este durou menos de um mês, e em Outubro um professor de direito, Carlos Alberto de Mota Pinto, tornou-se primeiro ministro. Depois da eleição de Abril de 1976 houve um rápido retorno à ordem, mas os problemas económicos continuaram sérios.

Mota Pinto
Os Comunistas entrincheiravam-se na sua única organização de trabalhadores (Intersindical) e opunham-se a toda a legislação para devolver as terras de agricultura tomadas ilegalmente e para definir o papel dos trabalhadores na indústria. O país tinha um enorme défice comercial, os preços aumentavam 30 % por ano, e a percentagem de desempregados era alta. 

Em 1977 o governo foi forçado pelo Fundo Monetário Internacional a aceitar um plano de austeridade para poder ficar elegível aempréstimos adicionais dos Estados Unidos, da Europa ocidental, e do Japão. No preâmbulo da Nova Constituição Portuguesa pode ler-se "...A 25 de Abril de 1974. o Movimento das Forças Armadas, coroando a longa resistência do povo ( povo devia estar com P grande ) português e interpretando os seus sentimentos profundos, derrubou o sistema fascista".

O Conselho da Revolução - (4º poder da Pseudo-Democracia portuguesa) 

O Conselho da Revolução, foi instituído a 14 de Março de 1975 pela Assembleia do Movimento das Forças Armadas, visando atingir e controlar o mais rapidamente possível os objectivos constantes do programa desse movimento e garantir ao povo português a segurança, a confiança e a tranquilidade que lhe permitissem continuar com determinação a reconstrução nacional. 

Foi extinto a 30 de Setembro de 1982 pela primeira revisão constitucional que a Constituição Portuguesa de 1976 sofreu.

Com as suas "exageradas" competências, o Conselho da Revolução era um verdadeiro órgão de tutela militar do poder político, exercendo poderes paralelos aos do Parlamento, podendo mesmo, em muitos casos, tutelar a actividade daquele órgão de soberania.

Durante 8 anos a "democracia" portuguesa teve 4 poderes - O Conselho da Revolução - O Legislativo - O Executivo e o Judicial ! A revisão constitucional de 1982 extinguiu o Conselho da Revolução, instaurando assim a democracia plena em Portugal.

Comentário ( Condensado de Portugal - A Country Study ) 

"A experiência democrática portuguesa antes da Revolução de 1974 nunca foi particularmente êxitosa. A sua primeira República durou só dezasseis anos de 1910 a 1926. Teve 45 governos diferentes e revoltas sem conta. O anti-clericismo oficial e a falta de habilidade da República para as suas relações com a Igreja Católica, precipitaram a sua queda. As suas instituições parlamentares actuaram desastradamente e ficaram rapidamente desacreditadas. 

 Corrupção e péssimas administrações económicas foram a sua característica principal. Quando o golpe militar terminou com a 1ª república em 1926, poucos lamentaram o seu fim. A revolução militar, para salvar a crise económica em que Portugal se encontrava mergulhado, teve que ir buscar Salazar a Coimbra e deu origem ao estado Novo e à ditadura de Oliveira Salazar. 

Em 1974, o grande problema da revolução dos cravos em Portugal, foi a forma como fez a transição da ditadura para a democracia, com as suas nacionalizações e alterações económicas feitas à pressa em "nome dos interesses" do povo, mas que só pretendiam servir uma ideologia marxista ou semi-marxista que já estava moribunda na sua pátria de origem. 

A Espanha teve a mesma transição de ditadura para democracia que ocorreu em 1975, somente um ano depois da revolução portuguesa, mas em moldes totalmente diferentes. Aprenderam com os erros lusitanos e tiveram o cuidado de evitar destruir a sua estrutura económica já existente." 

Partido de coalizão

Em consequência os juros aumentaram rapidamente, o preços da água, electricidade, telefones e transportes públicos também foram aumentados, e os empreendimentos estritamente controlados. Em Junho de 1983 chegou ao poder uma coalizão entre o Partido Socialista (PS) e o Partido Social Democrata (PSD), sobrevivendo à crise de Março de 1984, quando o congresso do PSD votou permanecer na coalizão. 

Carlos Mota Pinto presidente do PSD teve 55% desses votos. O líder da facção opositora foi João Mota Amaral, presidente da assembleia regional dos Açores que recebeu apoio do ex-Primeiro Ministro Francisco Balsemão. Contudo, muitos elementos do PSD continuavam a opor-se à aliança com o PS, e o controlo de Mota Pinto sobre o partido era muito fraco, porque os seus apoiantes não formavam maioria dentro do conselho nacional do PSD.

Marcelo Ribeiro de Sousa, líder da pequena mas influente, ala direita do partido, era um dos maiores oponentes dessa coalizão. No mesmo congresso, Mota Pinto introduziu com sucesso, emendas limitando o poder do secretário geral do partido, António Capucho que saiu do governo. Na crise seguinte de Junho, Mota Pinto teve também que demitir-se devido a desentendimentos e à crise económica. 

O novo primeiro ministro Mário Soares teve que enfrentar forte pressão da extrema esquerda devido ao aumento do custo de vida, mas desafiou os seus adversários a propor uma melhor alternativa, pedindo uma moção de confiança na Assembleia, que lhe foi dada em 7 de Junho. A queda da coalizão tinha causado grandes atrasos nas reformas económicas. 

As medidas de austeridade introduzidas nos fins de 1983, tinham ganho a confiança dos bancos internacionais, mas também tinham afectado os trabalhadores do país , com baixos salários . A 2ª volta das eleições para a Presidência da Republica em 16 de Fevereiro de 1986 ( a primeira volta foi em Janeiro), levou Mário Soares à presidência com 51,3 % dos votos. 

FMI em Portugal 1ª Intervenção (1977)
Salários reduzidos - Impostos aumentados

A primeira vez que o FMI "aterrou na Portela", como ilustrou o cantor José Mário Branco numa das suas obras mais emblemáticas, justamente chamada "FMI", foi em 1977, quando Ramalho Eanes era Presidente da República e Mário Soares era primeiro-ministro do primeiro Governo Constitucional.

Então, com uma taxa de desemprego superior a 7%, bens racionados, inflação crescente, conflitualidade política e o escudo desvalorizado, o FMI interveio pela primeira vez desde que Portugal aderiu à instituição, em 1960.

Na bagagem trouxe "pacotes" que se traduziram em redução de salários e subida de impostos, entre outras medidas.

João Paulo II - Um Papa Notável (1978-2005)

João Paulo II foi o 264° Papa (263° Sucessor de Pedro). Karol Józef Wojtyla, eleito Papa no dia 16 de Outubro de 1978, nasceu em Wadowice, cidade localizada a 50 km da Cracóvia, no dia 18 de maio de 1920. Era o segundo dos dois filhos de Karol Wojtyla e de Emilia Kaczorowska, falecida em 1929. Seu irmão mais velho, Edmund, que era médico, faleceu em 1932, e seu pai, que era suboficial do Exército, em 1941.

Aos 9 anos de idade recebeu a Primeira Comunhão, e aos 18 anos, o sacramento da Crisma. Uma vez concluídos os estudos, na escola superior "Marcin Wadowita", de Wadowice, em 1938 inscreveu-se na Universidade Jagelônica de Cracóvia. Após a guerra, continuou seus estudos no Seminário Maior de Cracóvia, que fora reaberto, e na Faculdade de Teologia da Universidade Jagelônica, até sua ordenação sacerdotal, em Cracóvia, no dia 1º de novembro de 1946.

Sucessivamente, foi enviado pelo Cardeal Sapieha a Roma, onde obteve o doutorado em Teologia (1948), com uma tese sobre o tema da fé nas obras de São João da Cruz. Naquele período, durante as férias, exerceu o ministério pastoral entre os imigrantes polacos na França, Bélgica e Holanda.

Em 1948 retornou à Polónia e foi coadjutor, primeiramente na paróquia de Niegowic, próximo de Cracóvia, e depois na paróquia de São Floriano, na cidade. Foi capelão dos universitários até 1951, quando retomou seus estudos filosóficos e teológicos. No dia 4 de julho de 1958, o Papa Pio XII o nomeou Bispo titular de Ombi e Auxiliar de Cracóvia. Recebeu a ordenação episcopal no dia 28 de Setembro de 1958, na catedral de Wawel (Cracóvia), das mãos do Arcebispo Dom Eugeniusz Baziak.

No dia 13 de Janeiro de 1964 foi nomeado Arcebispo de Cracóvia, pelo Papa Paulo VI, que o criou Cardeal, em 26 de Junho de 1967. Wojtyła tornou-se o 264 º papa de acordo com a ordem cronológica lista dos Papas e o primeiro papa não-italiano em 455 anos.70 Com apenas 58 anos de idade, ele foi o mais jovem papa eleito desde Pio IX em 1846, que tinha 54 anos.

Assim como seu antecessor imediato, João Paulo II dispensou a tradicional coroação papal e, em vez disso, recebeu a investidura eclesiástica que simplificou acerimônia de posse papal, em 23 de outubro de 1978. Visitou Portugal 3 vezes.

Em 1982 1ª Visita de João Paulo II 

O Papa João Paulo II vem em peregrinação a Fátima agradecer o ter escapado com vida, um ano antes, na Praça de S. Pedro, e, de joelhos, consagra a Igreja, os Homens e os Povos, com menção velada da Rússia, ao Imaculado Coração de Maria.

Em 1991 2ª Visita de João Paulo II 

O Santo Padre João Paulo II vem pela segunda vez a Fátima, como peregrino, no 10º aniversário do seu atentado na Praça de S. Pedro, no Vaticano, presidindo à Peregrinação Internacional Aniversária. 

Em 2000 3ª Visita de João Paulo II

13-05-2000 - Por ocasião da 3ª visita de João Paulo II a Fátima, o Santo Padre beatificou Francisco e Jacinta Marto.

Maria de Lourdes Pintasilgo - 1º Ministro (1979-1980)

Maria de Lourdes Ruivo da Silva de Matos Pintasilgo (Abrantes, São João, 18 de Janeiro de 1930 — Lisboa, 10 de Julho de 2004) foi uma engenheira química, dirigente eclesial e política. Foi a única mulher que desempenhou o cargo de primeiro-ministro em Portugal, tendo chefiado o V Governo Constitucional, em funções de Julho de 1979 a Janeiro de1980 .

Maria de Lourdes Pintasilgo foi a terceira mulher a desempenhar o cargo de primeiro-ministro na Europa, depois da croata Savka Dabčević-Kučar e dois meses depois da tomada de posse de Margaret Thatcher.

Em 19 de julho de 1979, foi indigitada pelo presidente da República, general Ramalho Eanes, para chefiar o V Governo Constitucional (01.08.1979 – 03.01.1980), um governo de gestão incumbido de preparar as eleições legislativas intercalares marcadas para 2 de Dezembro desse ano. 

Ao aceitar desempenhar aquelas funções, Maria de Lourdes Pintasilgo tornou-se a primeira mulher portuguesa a assumir o cargo de chefe do Governo. Foram características da sua acção governativa, nas palavras de um historiador, uma liderança dialogante, bem como a manifesta preocupação de justiça social que trespassou a produção legislativa daquele período .

Em 1980, apoiou a candidatura do general Ramalho Eanes à Presidência da República. Entre 01.10.1981 e 01.02.1985, exerceu funções como consultora do presidente da República, António Ramalho Eanes, gerindo durante essa época o dossier Timor-Leste. Dotada de um estilo carismático foi dinamizadora de importantes movimentos sociais e cívicos, resultantes da sua preocupação com o aprofundamento da democracia

Eleições Parlamentares de 1979

Socialistas 74 lugares,
Popular Democrata 128 lugares
Partido Social Democrata do Centro (conservador) 4 lugares
Partido Comunista 47 lugares.


Francisco Sá Carneiro é nomeado  primeiro ministro

Francisco Manuel Lumbrales de Sá Carneiro - (Porto,Santo Ildefonso, 19 de Julho de 1934 — Loures, Camarate, 4 de Dezembrode 1980) foi um advogado e político português, fundador e líder do Partido Popular Democrático / Partido Social Democrata, e ainda Primeiro-Ministro de Portugal, durante cerca de onze meses, no ano de 1980.

Nascido no Porto no dia 19 de Julho de 1934, cresceu no seio de uma família católica da alta burguesia do Porto. Era filho do advogado José Gualberto Chaves Marques de Sá Carneiro, natural de Barcelos, e de Maria Francisca Judite Pinto da Costa Leite, natural de Salamanca, filha do 2.ºConde de Lumbrales. Era sobrinho materno do professor João Pinto da Costa Leite.
Francisco Sá Carneiro

Em Maio de 1974, após a Revolução dos Cravos, Sá Carneiro fundou o Partido Popular Democrático (PPD), juntamente com Francisco Pinto Balsemão e Joaquim Magalhães Mota. Sá Carneiro tornou-se o primeiro secretário-geral do partido e, em Outubro de 1976, após a reforma dos estatutos, o primeiro presidente do partido, que então passou a designar-se Partido Social Democrata (PSD).

Foi Ministro sem pasta e Ministro Adjunto do Primeiro-ministro no I Governo Provisório, seria eleito deputado à Assembleia Constituinte em 1975 e, em 1976, eleito deputado (na I Legislatura) à Assembleia da República.

Em Novembro de 1977, demitiu-se da presidência do partido, mas seria reeleito no ano seguinte para desempenhar a mesma função. Em finais de 1979, criou a Aliança Democrática, uma coligação entre o seu PPD/PSD, o Partido do Centro Democrático Social (CDS) de Diogo Freitas do Amaral, o Partido Popular Monárquico (PPM) de Gonçalo Ribeiro-Telles, e alguns independentes. A coligação vence as eleições legislativas desse ano com maioria absoluta. 

Dispondo de uma ampla maioria a apoiá-lo (a maior coligação governamental até então desde o 25 de Abril), foi chamado pelo Presidente da República Ramalho Eanes para liderar o novo executivo, tendo sido nomeado Primeiro-Ministro a 3 de Janeiro de 1980, sucedendo assim a Maria de Lurdes Pintasilgo.

O Atentado ou acidente de Camarate

O Atentado de Camarate, também conhecido como Acidente de Camarate ou Caso Camarate foi um desastre aéreo ocorrido a 4 de Dezembro de 1980, no qual a queda de um avião Cessna sobre o bairro das Fontaínhas, em Camarate, a Norte de Lisboa, vitimou o primeiro-ministro português Francisco Sá Carneiro, o ministro da Defesa Adelino Amaro da Costa, outros três passageiros e os dois pilotos do avião.

O caso começou a ser investigado no próprio dia do acidente, tendo prescrito, de forma inconclusiva, em Setembro de 2006. Em Novembro do mesmo ano um antigo segurança declarou em entrevista ter colocado um engenho explosivo da sua autoria a bordo da aeronave, embora a intenção fosse somente a de assustar os ocupantes. O engenho teria sido posteriormente alterado por forma a fazer explodir o avião. Uma vez que o caso havia prescrito, apesar destas declarações, o segurança não pôde ser julgado

O acidente

Na noite de 4 de Dezembro de 1980, durante a campanha presidencial do general Soares Carneiro, candidato pela Aliança Democrática (AD), o ministro da Defesa português, Adelino Amaro da Costa tinha disponível uma aeronave Cessna a fim de deslocar-se ao Porto, onde iria assistir ao encerramento da campanha. Tendo Soares Carneiro alterado o local de encerramento da campanha para Setúbal, para onde se dirigiu acompanhado de Freitas do Amaral. 

Cessa similar ao do acidente
O então primeiro-ministro português Francisco Sá Carneiro, que também se dirigia para o Porto acompanhado da sua companheira Snu Abecassis, desmarcou os bilhetes da TAP que tinha reservado e aceitou o convite de Amaro da Costa, embarcando a bordo do Cessna juntamente com este, sua mulher Maria Manuel Simões Vaz da Silva Pires, o chefe de gabinete do primeiro-ministro, António Patrício Gouveia, e os dois pilotos do aparelho. 

Pouco depois de levantar voo, o avião incendiou-se e despenhou-se sobre o bairro das Fontaínhas, zona residencial vizinha da pista do Aeroporto da Portela, calculando-se que o impacto no solo ocorreu 26 segundos depois da descolagem. 

O avião Cessna, já a arder e deixando um rasto de detritos no solo, tinha entretanto embatido em cabos de alta tensão, perdendo velocidade e acabando por despenhar-se numa bola de fogo sobre uma casa do bairro das Fontaínhas. 

Morreram os sete ocupantes do aparelho, não se tendo registado vítimas entre os moradores do bairro, apesar de cinco habitações e três automóveis terem sido danificados.

História dos Serviços de Informações - Depois do 25 de Abril

No dia 25 de Abril, os comunicados lidos a partir do Posto de Comando das Forças Armadas referiram-se especificamente às forças de segurança, apelando-lhes para que não se opusessem à acção dos revoltosos. 

Ainda assim, membros da Direcção-Geral de Segurança ofereceram resistência, quer no edifício-sede - na Rua António Maria Cardoso, em Lisboa -, quer em Peniche e no forte de Caxias. Pelas 21 horas, atiradores da DGS dispararam sobre manifestantes, na Rua António Maria Cardoso, fazendo quatro mortos e dezenas de feridos. Um agente da DGS foi morto por forças do MFA quando tentava fugir.

No dia 26 de Abril, cerca das 8 horas, o major Silva Pais, depois de falar telefonicamente com o general Spínola, dispõs-se a render-se incondicionalmente e a abandonar a sede da DGS. Às 9.30, Costa Correia e Campos Andrada entraram no edifício, para receber a rendição de e as chaves dos ficheiros e dos arquivos.

O Programa do Movimento das Forças Armadas (MFA) contemplava, como uma das primeiras medidas a ser tomadas pela Junta de Salvação Nacional, a extinção imediata da DGS. Dizia-se, no entanto, que "no Ultramar a DGS será reestruturada e saneada, organizando-se como Polícia de Informação Militar enquanto as operações militares o exigirem". A DGS seria extinta pelo Decreto-Lei nº 171/74, de 25 de Abril.

A extinção da DGS fez nascer a necessidade de criação de serviços de informações adaptados ao regime democrático e aos princípios do Estado de direito.

A 2ª Divisão do Estado-Maior-General das Forças Armadas foi encarregada, sob a orientação do Tenente-Coronel Belchior Vieira, de accionar o serviço de informações nacional, na dependência directa do Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas. Para a dirigir foi nomeado o coronel Pedro Cardoso.

Em Agosto de 1974, foi publicado o Decreto-Lei nº 400/74, que atribuiu ao Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas a orientação e coordenação das actividades de informações nas Forças Armadas e determinou que a 2ª Divisão passasse a ser chefiada por um brigadeiro ou coronel ou por oficiais da Armada de postos correspondentes.

No dia 11 de Março de 1975, foi extinta a 2ª Divisão do Estado-Maior-General das Forças Armadas. No entanto, esta entidade continuaria a funcionar até 23 de Maio de 1975, data em que foi criado o Serviço Director e Coordenador da Informação (SDCI), na dependência do Conselho da Revolução (Decreto-Lei nº 250/75, de 23 de Maio). Em Outubro de 1974 surgiu a ideia de criar um Departamento Nacional de Informações (DNI), que viria a ser abandonada.


A 2 de Abril de 1976 é aprovada a Constituição da República Portuguesa. Ainda em 23 de Maio de 1975, foi publicada uma resolução do Conselho da Revolução que determinou que o SDCI seria dirigido por três membros daquele Conselho. Para director do SDCI foi nomeado o capitão-tenente Carlos de Almada Contreiras.


Neste período, a centralização e a coordenação da actividade das informações esteve concentrada na DINFO. O Serviço Director e Coordenador da Informação foi extinto pelo Decreto-Lei nº 385/76, de 21 de Maio, voltando a actividade de recolha de informações a ser atribuída à Divisão de Informações do Estado-Maior-General das Forças Armadas (DINFO), sob a chefia do coronel Marques Pinto.


No sentido da subordinação do poder militar ao poder político, foi publicada a Lei nº 29/82, de 11 de Dezembro (Lei de Defesa Nacional e das Forças Armadas), cujo artigo 67º dispunha especificamente sobre as informações militares.

A revisão constitucional de 1982 extinguiu o Conselho da Revolução, criando as condições para uma completa subordinação das forças armadas ao poder político democrático. Contudo, apesar de a Lei de Defesa Nacional se referir a essa matéria, até 1984 subsistiu um vazio legislativo no que se refere à produção de informações estratégicas de defesa e de segurança interna.

Alguns acontecimentos vieram, porém, revelar a necessidade de criação de um serviço de informações de segurança, designadamente no que se refere à prevenção do terrorismo:

O atentado contra Ephraim Eldar, Embaixador de Israel em Portugal, ocorrido em 13 de Novembro de 1979. Esse Atentado, reivindicado pela Organização Nasserista para a Libertação dos presos no Egipto, provocou um morto (um agente da PSP) e vários feridos. 

Em 7 de Junho de 1982, a acção terrorista contra o adido comercial da Embaixada da Turquia em Lisboa, de que resultou a morte deste e ferimentos graves na sua mulher, que veio a morrer posteriormente. 

O homicídio de Issam Sartawi, médico e político palestiano moderado, assassinado barbaramente por um comando extremista palestiniano da organização Abul Nidal, em Montechoro, no Algarve, no decorrer de um Congresso da Internacional Socialista

Autoestradas em Portugal

Portugal foi um dos primeiros países do mundo a ter uma autoestrada, com a inauguração, em 1944, do lanço Lisboa-Estádio Nacional, da que seria a futura Autoestrada da Costa do Estoril  .

No entanto, apesar de terem sido posteriormente construídos alguns outros troços nas décadas de 1960 e 1970, só no final da década de 1980 foi iniciada a construção de autoestradas em grande escala. Hoje em dia, a rede de autoestradas portuguesas é bastante desenvolvida e percorre quase todo o território, ligando todo o litoral e as principais cidades do interior, numa extensão total de aproximadamente 3000 km. 

Na Europa, Portugal está entre os países que mais investiram e que têm maior número de quilómetros de autoestradas por habitante e área.


Trecho da Autoestrada do Vale do Lima
As autoestradas portuguesas integram uma das duas sub-redes que formam a Rede Rodoviária Nacional, a Rede Fundamental e a Rede Complementar. Cada lanço de autoestrada, portanto, coincide com um lanço deitinerário principal (IP) ou de itinerário complementar (IC)

O Plano Rodoviário Nacional (PRN2000) estabelece que a rede fundamental de estradas de Portugal (autoestradas, itinerários principais, itinerários complementares e estradas nacionais) são geridas pela Administração Central e as estradas regionais e asestradas municipais são geridas pelas administrações regionais ou locais.

Portugal tem actualmente cerca de 50 autoestradas, sendo as maiores a A1 com 301 kms, a A2 com 240 kms, a A4 com 223 Kms, a A23 com 217 Kms, a A24 com 182 Kms e a A6 com 159 Kms. Umas muito importantes para os transportes de pessoas e mercadorias, mas algumas foram construídas talvez só para o negócio dos construtores de betão.

As FP-25 - Forças Populares 25 de Abril (1980-1987)

Forças Populares 25 de Abril (FP-25) foram uma organização armada clandestina de extrema-esquerda que operou em Portugal entre 1980 e 1987. Parte significativa dos seus militantes procediam das antigas Brigadas Revolucionárias e, ainda que em menor número, da LUAR e da ARA.

Entre 1980 e 1987, as FP 25 foram directamente responsáveis por 13 mortes - às quais acrescem ainda as mortes de 4 dos seus operacionais - dezenas de atentados a tiro e com explosivos e de assaltos a bancos,viaturas de transporte de valores, tesourarias da fazenda pública e empresas .

No plano legal o julgamento dos actos imputados à organização foi incompleto, quer por prescrição de alguns dos processos, quer pela dificuldade em identificar os autores materiais dos factos.

A figura mais conhecida vinculada às FP-25 foi Otelo Saraiva de Carvalho.

A SIDA (AIDS em inglês) - A Peste Negra Moderna (1981)

Síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA — em inglês: acquired immunodeficiency syndrome - AIDS) é uma doença do sistema imunológico humano causada pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH — em inglês: human immunodeficiency virus - HIV). Durante a infecção inicial, uma pessoa pode passar por um breve período doente, com sintomas semelhantes aos da gripe. Normalmente isto é seguido por um período prolongado sem qualquer outro sintoma. 

À medida que a doença progride, ela interfere mais e mais no sistema imunológico, tornando a pessoa muito mais propensa a ter outros tipos de doenças, como infecções oportunistas e câncer, que geralmente não afetam as pessoas com um sistema imunológico saudável.

O HIV é transmitido principalmente através de relações sexuais sem o uso de preservativo(incluindo sexo anal e, até mesmo, oral), transfusões de sangue contaminado, agulhas hipodérmicas e de mãe para filho, durante a gravidez, o parto ou amamentação. Alguns fluidos corporais, como saliva e lágrimas, não transmitem o vírus. 

A prevenção da contaminação pelo HIV, principalmente através de programas de sexo seguro e de troca de agulhas, é uma estratégia fundamental para controlar a propagação da doença. Apesar de ainda não existir uma cura ou uma vacina, o tratamento antirretroviral pode retardar o desenvolvimento da doença e elevar a expectativa de vida do portador do vírus. Enquanto o tratamento antirretroviral reduz o risco de morte e de complicações da doença, estes medicamentos são caros e podem estar associados a efeitos colaterais.

A AIDS foi observada clinicamente pela primeira vez em 1981, nos Estados Unidos. Os casos iniciais ocorreram em um grupo de usuários de drogas injetáveis ​​e de homens homossexuais que estavam com a imunidade comprometida sem motivo aparente. Eles apresentavam sintomas de pneumonia pelo fungo Pneumocystis carinii (PCP), uma infecção oportunista incomum até então, conhecida por ocorrer em pessoas com o sistema imunológico muito debilitado. 

Pouco depois, um número inesperado de homens gays desenvolveu um tipo de câncer de pele raro chamado sarcoma de Kaposi. Muitos mais casos de PCP e de sarcoma de Kaposi surgiram, quando um alerta foi dado ao Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), que enviou uma força-tarefa para acompanhar o surto.

Nos primeiros dias o CDC não tinha um nome oficial para a doença e referia-se a ela por meio das condições clínicas associadas como, por exemplo, a linfadenopatia, chamando-a de "linfadenopatia generalizada persistente". Eles também usavam "Sarcoma de Kaposi e infecções oportunistas", nome pelo qual uma força-tarefa foi criada em 1981.

 Em determinado momento, o CDC cunhou a frase "a doença dos 4 H's", uma vez que a síndrome parecia afetar haitianos, homossexuais, hemofílicos e usuários de heroína. Na imprensa geral, o termo "GRID", de gay-related immune deficiency (em português:deficiência imunológica relacionada aos gays - tradução livre), tinha sido inventado. 
Robert Gallo, codescobridor do HIV nos anos 1980 

No entanto, depois de determinar que a AIDS não estava restrita à comunidade homossexual, percebeu-se que o termo GRID estava errado e a sigla AIDS, de acquired immunodeficiency syndrome (em português: síndrome da imunodeficiência adquirida, SIDA), foi introduzida em uma reunião em julho de 1982. Em setembro daquele mesmo ano, o CDC começou a se referir à doença como AIDS.

Em 1983, dois grupos de pesquisa independentes liderados por Robert Gallo e Luc Montagnier declararam que um novo retrovíruspoderia ter infectado os pacientes com AIDS e publicaram suas descobertas na mesma edição da revista Science.24 25 Gallo afirmou que o vírus que seu grupo de pesquisa isolou de um paciente com AIDS tinha uma forma muito semelhante a de outros vírus T-linfotrópicos, que sua equipe tinha sido a primeira a isolar.

PC'S - Os Computadores Pessoais (IBM- 1981)

Um computador pessoal ou PC (do inglês Personal Computer) é umcomputador de pequeno porte e baixo custo, que se destina ao uso pessoal ou por um pequeno grupo de indivíduos. A expressão "computador pessoal" (ou sua abreviação em inglês PC, de "Personal Computer") é utilizada para denominar computadores de mesa (desktops), laptops, PDAs ou Tablet PCs, executando vários Sistemas Operacionais em várias arquiteturas. 
PC - Tipo IBM
Os Sistemas Operacionais predominantes são Microsoft Windows, Mac OS X e os sistemas baseados em Linux, e as principais arquiteturas são as baseadas nos processadores x86, x64 e PowerPC.

No entanto o termo PC tem sido utilizado apenas para computadores pessoais derivados do modelo da IBM, o IBM PC, devido a larga campanha publicitária em 1981. A actual convergência entre PCs e palmtops, celulares edispositivos móveis que possuem funções similares, sistemas operacionais e componentes leva a uma discussão sobre a extensão do termo "computador pessoal" a esses dispositivos.

Eleições presidenciais de 7 de Dezembro de 1980[editar]


Candidatovotos %
Ramalho Eanes3.262.520
56,44%
Soares Carneiro2.325.481
40,23%
Otelo Saraiva de Carvalho85 896
1,49%
Galvão de Melo48.468
0,84%
Pires Veloso45.132
0,78%
Aires Rodrigues12.745
0,22%
Carlos Britodesistiu--

Ramalho Eanes é re-eleito Presidente da República


Jerónimos Património Mundial da Unesco - 1983

Mosteiro dos Jerónimos é um mosteiro manuelino, testemunho monumental da riqueza dos Descobrimentos portugueses. Situa-se em Belém, Lisboa, à entrada do Rio Tejo. Constitui o ponto mais alto da arquitectura manuelina e o mais notável conjuntomonástico do século XVI em Portugal e uma das principais igrejas-salão da Europa.


Destacam-se o seu claustro, completo em 1544, e a porta sul, de complexo desenho geométrico, virada para o rio Tejo. Os elementos decorativos são repletos de símbolos da arte da navegação e de esculturas de plantas e animais exóticos. O monumento é considerado património mundial pela UNESCO, e em 7 de Julho de 2007 foi eleito como uma das sete maravilhas de Portugal.

Em 2010 teve 644 729 visitantes, 92,2% estrangeiros.1


Batalha Património Mundial da Unesco - 1983

O Mosteiro de Santa Maria da Vitória (mais conhecido como Mosteiro da Batalha1 ) situa-se na Batalha, Portugal, e foi mandado edificar em 1386 por D.João I de Portugal2como agradecimento à Virgem Maria pela vitória na Batalha de Aljubarrota.2 Este mosteiro dominicano foi construído ao longo de dois séculos até cerca de 1517, durante o reinado de sete reis de Portugal, embora desde 1388 já ali vivessem os primeiros dominicanos.


Exemplo da arquitectura gótica tardia portuguesa, ou estilo manuelino, é considerado património mundial pela UNESCO, e em 7 de Julho de 2007 foi eleito como uma das sete maravilhas de Portugal.3 Em Portugal, o IPPAR ainda classifica-o comoMonumento Nacional, desde 1910.4

Convento de Cristo Património Mundial da Unesco - 1983

O Convento de Cristo, histórico monumento na cidade de Tomar (freguesia de S. Joao Baptista), classificado pela UNESCO como Património Mundial, pertenceu à Ordem dos Templários. Fundado em 11601 pelo Grão-Mestre dos Templários, dom Gualdim Pais, o Convento de Cristo ainda conserva recordações desses monges cavaleiros e dos herdeiros do seu cargo, a Ordem de Cristo, os quais fizeram deste edifício a sua sede. 

Sob Infante D. Henrique o Navegador, Mestre da ordem desde 1418, foram construídos claustros entre a Charola e a fortaleza dos Templários, mas as maiores modificações verificam-se no reinado de D. João III (1521-1557). Arquitectos como João de Castilhoe Diogo de Arruda procuraram exprimir o poder da Ordem construindo a igreja e os claustros com ricos floreados manuelinos que atingiram o máximo esplendor na janela da fachada ocidental.

Trata-se de uma construção periurbana, implantada no alto de uma elevação sobranceira à planície onde se estende a cidade. Está circundado pelas muralhas do Castelo de Tomar e pela mata da cerca. Actualmente é um espaço cultural, turístico e ainda devocional. A arquitectura partilha traços românicos, góticos, manuelinos, renascentistas, maneiristas e barrocos

Eleições Parlamentares de 1983

Resumo das Eleições Legislativas Portuguesas de 1983
PartidoVotosVotos (%)Votos (±)AssentosAssentos
(%)
Assentos
(±)
Partido Socialista(a)2 061 309
36,11%
+36,11%10140,4%+101
Partido Social Democrata1 554 804
27,24%
+27,24%7530%+75
Aliança Povo Unido(b)1 031 609
18,07%
+1,32%4417,6%+3
Centro Democrático Social716 705
12,56%
+12,56%3012%+30


Mário Soares é nomeado 1ª ministro

Conflitos entre o governo central e os Açores levaram a autonomia regional em 1976. Em Setembro desse ano, Soares vetou a decisão do governo autónomo dos Açores de querer dar o mesmo estatuto de honras militares à bandeira dos Açores que à de Portugal.

O - PSD - Partido Social Democrata ganhou as eleições de Julho de 1987 com 50,2 % de votos e Outubro de 1991com 50,6 % de votos, ficando portanto com maioria absoluta nas duas eleições, e Aníbal Cavaco Silva ocupou o cargo de Primeiro Ministro desde 1987 a 1995.

Também em Julho de 1987 nas primeiras eleições para o Parlamento Europeu o PSD obteve 10 mandados, o PS 6 mandados, o CDU 3 mandados, o PRD 1 mandado e o CDS 1 mandado.

Angra do Heroísmo nos Açores 
Património Mundial da Unesco (1983)

Angra do Heroísmo é uma cidade que se localiza na costa Sul da Ilha Terceira, nos Açores, com cerca de 10 800 habitantes.

É sede de um município com 239 km² de área e 35 402 habitantes (2011),1subdividido em 19 freguesias. O município é limitado a nordeste pelo município da Praia da Vitória, sendo banhado pelo Oceano Atlântico em todas as demais direcções.
Com cerca de 21 300 habitantes, constitui-se na capital histórica e em sede da diocese dos Açores. Abriga ainda um destacamento militar, o Regimento de Guarnição nº 1. A riqueza de seu património edificado fê-la ser classificada como cidade Património Mundial pela UNESCO desde 1983.


FMI em Portugal 2ª Intervenção (1983)
Salários reduzidos na Função Pública - Impostos aumentados
Cortes nos subsídios de Natal e no investimento público

Em 1983, Mário Soares era novamente primeiro-ministro, desta vez à frente do governo do Bloco Central, com o PPD-PSD de Mota Pinto.

Com o desemprego acima dos 11 % e uma dívida externa galopante devido à subida das taxas de juro internacionais, o FMI emprestou 750 milhões de dólares e novamente impôs cortes nos salários da Função Pública, aumentos de preços, travão ao investimento público e cortes nos subsídios de Natal, entre outras medidas.

O Fundo Monetário Internacional já se manifestou "pronto para ajudar" Portugal, se a ajuda vier a ser solicitada.


Adesão de Portugal à CEE (1986)

Portugal é membro de facto da União Europeia desde 1 de janeiro de1986, após ter apresentado a sua candidatura de adesão a 28 de março de 1977 e ter assinado o acordo de pré-adesão a 3 de dezembro de1980.A adesão de Portugal à CEE é uma das consequências do 25 deabril de 1974 e das subsequentes alterações que esta resoluçãoprovocou nos aspetos económicos, político e social. 

O 25 de abril vempôr fim a uma política económica em desagregação, com enorme dependência externa, e a um poder político contestado por uma população com más condições de vida e fraco poder de compra. Com ele, Portugal perdeu o mercado colonial e vê-se obrigado a centrar mais a sua atenção no mercado europeu. 
União Europeia
Para isso foi necessária umagrande transformação a todos os níveis. Após certa agitação e grandesdificuldades na nossa economia, acentuada pela recessão da economiamundial, em 1977 é feito o pedido de adesão à CEE.

A CEE vê com apreensão a adesão de Portugal, que terá de enfrentarenormes dificuldades face à sua situação económica. Mas, a partir de1980, a economia portuguesa e o poder político vão ter como primeiraprioridade de política externa a adesão à CEE, verificando-se a partirde 1985 um período de expansão da atividade económica. 

Em 1 de Janeiro de 1986 Portugal é formalmente membro da CEE, um marcoimportante para a situação atual de evolução da economia portuguesa.

De 1986 a 1991 temos um período transitório de adesão à CEE, já queo nível de desenvolvimento de Portugal é inferior ao dos outros estadosmembros. Para que Portugal possa vencer essa desigualdade, vai receber da CEE fundos estruturais que visam a modernização do setor produtivo. Mas a CEE também impõe certas diretivas no domínio legislativo que abrangem vários setores além do económico, como fiscalidade, energia, ambiente. Portugal tem de adaptar gradualmente a sua legislação às normas comunitárias. 

Neste período, a evolução daeconomia portuguesa é positiva, verificando-se um efetivo desenvolvimento económico. No entanto, ainda está longe onivelamento da economia portuguesa pela dos outros estadosmembros.

E hoje põem-se os problemas da concretização da União Económica eMonetária, o que obriga Portugal a ter um desenvolvimento económico superior ao dos outros países da comunidade, para que não se mantenha este desnivelamento e possa cumprir os objetivos da União Europeia.

Eleições presidenciais de 1986


Em 16 de Fevereiro de 1986 Mário Soares vence a 2ª volta das  com 51,27 % de Votos.


‹ 1980 • Flag of Portugal.svg • 1991 ›
Eleição presidencial de 1986
Presidente para o período 1986-1991
26 de janeiro e 16 de fevereiro de 1986
Tipo de eleição: Presidencial
Demografia eleitoral
Hab. inscritos: 7 617 257
Votantes 1.ª volta/1.º turno:5 742 151
  
75.38% Red Arrow Down.svg 10.7%
Votantes em 2.ª volta/2.º turno:5 937 100
  
77.99% Green Arrow Up.svg 3.5%
Mário Soares (2003) square.jpg
Mário Soares - 
Votos 1º volta:1 443 683  
Em 2.ª volta/2.º turno3 010 756 Green Arrow Up.svg 108.5%
  
25.43%
  
51.18%
Freitas do Amaral, XV Cimeira Ibero-Americana - Salamanca, Espanha.jpg
Diogo Freitas do Amaral - 
Votos 1.ª volta/1.º turno:2 629 597  
Em 2.ª volta/2.º turno2 872 064 Green Arrow Up.svg 9.2%
  
46.31%
  
48.82%
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Francisco Salgado Zenha - 
Votos 1.ª volta/1.º turno:1 185 867  
  
20.88%
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Maria de Lurdes Pintasilgo - 
Votos 1.ª volta/1.º turno:418 961  
  
7.38%



Soares ( Mário) Presidente da República de Portugal, de seu nome completo Mário Alberto Nobre Lopes Soares, nasceu em Lisboa a 7 de Dezembro de 1924. É licenciado em Ciências Histórico-Filosóficas da Faculdade de Letras de Lisboa,(1951) e em Direito pela Faculdade de Direito desta mesma cidade (1957) e exerceu a advocacia durante muitos anos. Quando do seu exílio em França exerceu actividades de ensino em v+árias Universidades Francesas.

Desde novo que enveredou pela actividade política contra o regime de Oliveira Salazar. Englobou a candidatura de Humberto Delgado em 1958. Actuou como advogado de defesa de diversos presos políticos. Foi preso 12 vezes, deportado para S.Tomé e teve que exilar-se para França. Depois do 25 de Abril regressou a Portugal.

Embora participando dos primeiros governos após o Abril, entrou em conflito com o V Governo provisório que provocou a queda de Vasco Gonçalves. Foi primeiro Ministro do IX Governo durante a coligação PS/PSD (1983-1985). Ultima o processo de adesão de Portugal à CEE.

Também em 19 de Março de 1987 houve um acordo entre Portugal e a China para a entrega de Macau que acabou por ser entregue à China em 20 de Dezembro de 1999, sendo o primeiro governador chinês Edmund Ho.

Évora Património Mundial - 1986



Évora - Muralhas
Eleições Parlamentares de 1987

Socialistas 60 lugares
Popular Democrata 148 lugares
Partido Social Democrata do Centro (conservador) 4 lugares
Partido Comunista 31 lugares
PRD 7 lugares

Na cerimónia de investimento do Presidente, o Primeiro Ministro Aníbal Cavaco Silva, líder do

governo de minoria do Partido Social Democrata (PSD), que tinha chegado ao poder nas eleições de Outubro de 1985, disse que evitaria conflitos com o presidente, e Soares por seu lado afirmou o seu apoio aos partidos que tivessem uma maioria na Assembleia.

Portugal tornou-se membro da União Europeia em 1 de Janeiro de 1986. Em 1986 o orçamento deficitário chegava a 11,8 % do produto bruto doméstico, comparado com o número oficial era de só 7 % para 1991. O aumento contínuo do deficit foi explicado pela necessidade de pagamentos da dívida pública de 2,5 biliões de escudos.

O Incêndio no Chiado (1988)

O Incêndio do Chiado deflagrou a 25 de Agosto de 1988 nos Armazéns Grandella do lado da Rua do Carmo. Os carros de bombeiros não conseguiram entrar na Rua do Carmo, à data reservada aos peões e enfeitada em anchura com canteiros altos de betão - obra polémica que se deveu ao mandato executivo de Nuno Abecassis, o então presidente da Câmara Municipal de Lisboa. O fogo propagou-se rapidamente aos edifícios contíguos à Rua Garrett.

Além de lojas e escritórios, foram destruídos muitos edifícios do século XVIII. Os piores estragos foram naturalmente na Rua do Carmo, vedada ao acesso das viaturas de socorro. Aí, entre al, perderam-se os armazéns do Grandella e a Perfumaria da Moda (cenários da fita O Pai Tirano), assim como os Grandes Armazéns do Chiado e o arquivo histórico de gravações de som da Valentim de Carvalho.
Depois do incêndio


Depois do incêndio, os bombeiros continuaram no local durante cerca de dois meses, na remoção de escombros.

Durante esse tempo, 58 dias após o incêndio, depois de removidos todos os escombros depararam com uma vítima mortal, um electricista reformado do Arsenal da Marinha com cerca de 70 anos.

Outra das vítimas mortais, um bombeiro de 31 anos, Joaquim Ramos, morreu no início de Setembro de 1988 no Hospital de São José. Enquanto combatia o fogo na Rua do Carmo foi atingido por uma "língua de fogo" e "gases muito quentes". Ficou com 85% do corpo queimado.

Reconstrução

O projecto de reconstrução preservou muitas fachadas originais e foi dirigido pelo arquitecto português Álvaro Siza Vieira.

Após o incêndio o edifício ficou em ruína, teve de ser parcialmente demolido para consolidação. No interior mantiveram-se as abóbadas e paredes de alvenaria que haviam pertencido ao Convento do Espírito Santo da Pedreira, e as fachadas mantiveram-se quase na totalidade.

O projecto de estruturas que reabilitou e reconstruiu o edifício foi desenvolvido pelo gabinete de engenharia civil Teixeira Trigo, Lda.

O edifício tem uma área total de 21.000 m2 ao longo de nove pisos. O desenho estrutural foi fortemente condicionado pelas várias pré-existências que se deveriam preservar.

Telefones Celulares ou Telemóveis (1989)

Em Portugal, estes equipamentos são designados por "telemóvel" (plural telemóveis), uma simplificação de "telefone móvel". Este termo apareceu quando o sistema de telefonia móvel apareceu em Portugal nos finais dos anos 1980 pela mão dos CTT/TLP (operador único de telecomunicações, na altura), que baptizaram este serviço (assente na tecnologia analógica AMPS) de "Serviço Telemóvel". 

Motorola
O termo ganhou popularidade, em detrimento de "telefone celular", quando a segunda geração apareceu em Portugal em 1992: isto porque os CTT/TLP decidiram autonomizar os serviços de telefonia móvel criando a TMN - Telecomunicações Móveis Nacionais S.A., que iria utilizar e o termo "telemóvel" para designar os equipamentos e não o serviço.

Em Portugal, durante o ano de 2004 a taxa de penetração dos telemóveis já ultrapassou os 100%, ou seja, existem mais equipamentos que habitantes portugueses.4 Devido a estes números, os operadores tentam fidelizar os seus clientes através de novos serviços, sobretudo de comunicação de dados, com destaque para o acesso móvel à Internet através de tecnologias de terceira geração (ex: UMTS, HSDPA).

Em 2013, existem em Portugal 16,8 milhões de cartões de telefone emitidos, dos quais 7, 4 milhões pertencem à TMN, 6,5 milhões à Vodafone e 2,4 milhões à Optimus. Estes resultados fazem com que a TMN tenha uma quota de mercado de 44,48%, a Vodafone cerca de 38%e a Optimus quase 15%-

O celular/telemóvel que quando lançado ainda na tecnologia analógica era somente usado para falar, já é usado para enviar SMS, tirar fotos, filmar, despertar, gravar lembretes, jogar e ouvir músicas, mas não para por aí, nos últimos anos, principalmente no Japãoe na Europa, tem ganhado recursos surpreendentes até então não disponíveis para aparelhos portáteis, como GPS, videoconferências e instalação de programas variados, que vão desde ler e-book a usar remotamente um computador qualquer, quando devidamente configurado.

Eleições Parlamentares Europeias de 1989

As eleições parlamentares europeias de 1989 foram realizadas em 12 estados membros da Comunidade Europeia, entre os dias 15 e 18 de Junho de 1989. Foi a terceira eleição europeia, mas a primeira vez que Portugal e Espanha votaram, em simultâneo, com os outros membros (que aderiram em 1986). Globalmente, a afluência às urnas caiu para os 59%. O eleitorado era composto por 244.951.379 eleitores.
Eleições parlamentares europeias de 1989 - Resultados anunciados em 25 de Julho de 1989
GrupoDescriçãoPresidido porMEPs
SOCSociais DemocratasJean-Pierre Cot180PE1989e.png
EPPDemocratas CristãosEgon Klepsch121
LDRLiberais e Democratas LiberaisValéry Giscard d'Estaing49
EULComunistas e Extrema-EsquerdaLuigi Alberto Colajanni42
LURené-Emile Piquet
EDConservadoresChristopher Prout34
GVerdesMaria Amélia Santos30
EDAConservadores NacionalistasChristian de La Malène20
DRNacionalistas de Extrema-DireitaJean-Marie Le Pen17
RBWRegionalistasJaak Vandemeulebroucke13
NIIndependentesnenhum27Total: 518

Queda do Muro de Berlim (1989)

O Muro de Berlim começou a ser derrubado na noite de 9 de Novembro de 1989 depois de 28 anos de existência. O evento é conhecido comoa queda do muro. Antes da sua queda, houve grandes manifestações em que, entre outras coisas, se pedia a liberdade de viajar. Além disto, houve um enorme fluxo de refugiados ao Ocidente, pelas embaixadas da RFA, principalmente em Praga e Varsóvia, e pela fronteira recém-aberta entre a Hungria e a Áustria, perto do lago de Neusiedl.


O impulso decisivo para a queda do muro foi um mal-entendido entre o governo da RDA. Na tarde do dia 9 de Novembro houve uma conferência de imprensa, transmitida ao vivo na televisão alemã-oriental.

Günter Schabowski, membro do Politburo do SED, anunciou uma decisão do conselho dos ministros de abolir imediatamente e completamente as restrições de viagens ao Oeste. Esta decisão deveria ser publicada só no dia seguinte, para anteriormente informar todas as agências governamentais.

Pouco depois deste anúncio houve notícias sobre a abertura do Muro na rádio e televisão ocidental. Milhares de pessoas marcharam aos postos fronteiriços e pediram a abertura da fronteira. Nesta altura, nem as unidades militares, nem as unidades de controle de passaportes haviam sido instruídas.

Por causa da força da multidão, e porque os guardas da fronteira não sabiam o que fazer, a fronteira abriu-se no posto de Bornholmer Strasse, às 23 h, mais tarde em outras partes do centro de Berlim, e na fronteira ocidental. 

Muitas pessoas viram a abertura da fronteira na televisão e pouco depois marcharam à fronteira. Como muitas pessoas já dormiam quando a fronteira se abriu, na manhã do dia 10 de Novembro havia grandes multidões de pessoas querendo passar pela fronteira .


Os cidadãos da RDA foram recebidos com grande euforia em Berlim Ocidental. Muitos bares perto do Muro espontaneamente serviram cerveja gratuita, houve uma grande celebração na Rua Kurfürstendamm, e pessoas que nunca se tinham visto antes cumprimentavam-se. Cidadãos de Berlim Ocidental subiram o muro e passaram para as Portas de Brandenburgo, que até então não eram acessíveis aos ocidentais. O Bundestag interrompeu as discussões sobre o orçamento, e os deputados espontaneamente cantaram o hino nacional da Alemanha.

Desintegração da Jugoslávia (1990)

Refere-se a uma série de conflitos e irregularidades políticas que resultaram na desintegração da Jugoslávia (a República Socialista Federativa da Jugoslávia, RSF da Jugoslávia, ou simplesmente RFSI). A RSF da Jugoslávia foi um país que ocupou uma porção de terras que atualmente vai desde a Europa Central até os Bálcãs, uma região com um conflito étnico histórico. 

O país era um conjunto de seis repúblicas regionais e duas províncias autónomas, que estava dividida segundo as etnias e que na década de 1990 se separou em vários países independentes. Estas oito unidades federais passaram a ser seis repúblicas: Eslovénia, Croácia, Bósnia e Herzegovina, Macedónia, Montenegro, Sérvia, e as duas províncias autónomas ficaram com a Sérvia: Kosovo e Vojvodina.

World Wide Web no final de 1990.

As ideias por trás da Web podem ser identificadas ainda em 1980, no CERN- Organização Europeia para a Investigação Nuclear (Suíça ), quando Tim Berners-Lee construiu o ENQUIRE. Ainda que diferente da Web atualmente, o projeto continha algumas das mesmas ideias primordiais, e também algumas ideias da web semântica. Seu intento original do sistema foi tornar mais fácil o compartilhamento de documentos de pesquisas entre os colegas.

Em março de 1989, Tim Berners-Lee escreveu uma proposta de gerenciamento de informação , que referenciava o ENQUIRE e descrevia um sistema de informação mais elaborado. Com a ajuda de Robert Cailliau, ele publicou uma proposta mais formal para a World Wide Web no final de 1990.


O primeiro servidor web, um NeXTcube usado por Berners-Lee no CERN
Um computador NeXTcube foi usado por Berners-Lee como primeiro servidor web e também para escrever o primeiro navegador, o WorldWideWeb, em 1990. No final do mesmo ano, Berners-Lee já havia construído todas as ferramentas necessárias para o sistema4 : o navegador, o servidor e as primeiras páginas web5 , que descreviam o próprio projeto. Em 6 de agosto de 1991, ele postou um resumo6 no grupo de notíciasalt.hypertext. Essa data marca a estreia da Web como um serviço publicado na Internet.

O conceito crucial do hipertexto originou-se em projetos da década de 1960, como oprojeto Xanadu e o NLS. A ideia revolucionária de Tim foi unir o hipertexto e a Internet. Em seu livro Weaving The Web7 , ele explica que sugeriu repetidamente o casamento das tecnologias para membros de ambas as comunidades de desenvolvedores. Como ninguém implementou sua ideia, ele decidiu implementar o projeto por conta própria. No processo, ele desenvolveu um sistema de identificação global e único de recursos, oUniform Resource Identifier (URI).

Sistemas anteriores se diferenciavam da Web em alguns aspectos. Na Web, uma hiperligação é unidirecional, enquanto que trabalhos anteriores somente tratavam de ligações bidirecionais. Isso tornou possível criar uma hiperligação sem qualquer ação do autor do documento sendo ligado, reduzindo significativamente a dificuldade em implementar um servidor Web e um navegador. Por outro lado, o sistema unidirecional é responsável por o que atualmente chama-se hiperligação quebrada, isto é, uma hiperligação que aponta para uma página não disponível devido à evolução contínua dos recursos da Internet com o tempo.

WEB livre desde 1993

Diferente de sistemas anteriores como o HyperCard, a World Wide Web não era software proprietário, tornando possível a criação de outros sistemas e extensões sem a preocupação de licenciamento. Em 30 de abril de 1993, a CERN anunciou que a World Wide Webseria livre para todos, sem custo. Nos dois meses após o anúncio de que o gopher já não era mais livre, produziu-se uma mudança para a Web. Um antigo navegador popular era o ViolaWWW, que era baseado no HyperCard.

Telescópio espacial Hubble (1990)
Deu à civilização humana uma nova visão do universo 

Telescópio espacial Hubble (em inglês Hubble Space Telescope - HST) é um satélite astronómico artificial não tripulado que transporta um grande telescópio para a luz visível e infravermelha. 

Foi lançado pela agência espacial estadunidense - NASA - em 24 de abril de 1990, a bordo do vaivém espacial Discovery (missão STS-31). Este telescópio já recebeu várias visitas espaciais da NASA para a manutenção e para a substituição de equipamentos obsoletos ou inoperantes.

O telescópio é a primeira missão da NASA pertencente aos Grandes Observatórios Espaciais - (Great Observatories Program), consistindo numa família de quatro observatórios orbitais, cada um observando o Universo em um comprimento diferente de onda, como a luz visível, raios gama, raios-X e o infravermelho. 

Pela primeira vez se tornou possível ver mais longe do que as estrelas da nossa própria galáxia e estudar estruturas do Universo até então desconhecidas ou pouco observadas. O Hubble, de uma forma geral, deu à civilização humana uma nova visão do universo e proporcionou um salto equivalente ao dado pela luneta de Galileu Galilei no século XVII.

Eleições Presidenciais de 13 de Janeiro de 1991, Mário Soares é reeleito Presidente da República com 70,4 % de votos.


‹ 1986 • Flag of Portugal.svg • 1996 ›
Eleição presidencial de 1991
Presidente para o período 1991-1996
13 de janeiro de 1991
Tipo de eleição: Presidencial
Demografia eleitoral
Hab. inscritos: 8 202 812
Votantes :5 098 768
  
62.16% Red Arrow Down.svg 20.3%
Mário Soares (2003) square.jpg
Mário Soares - 
Votos:3 459 521  
  
70.35%
Basilio Horta na Exponor.jpg
Basílio Horta - 
Votos:696 379  
  
14.16%
Man silhouette-gray.svg.png
Carlos Carvalhas - 
Votos:635 373  
  
12.92%
Man silhouette-gray.svg.png
Carlos Marques - 
Votos:126 581  
  
2.57%


Eleições Parlamentares de 1991

Socialistas 72 lugares,
Popular Democrata 135 lugares
Partido Social Democrata do Centro (conservador) 5 lugares
Partido Comunista 17 lugares.


O Prof. Cavaco Silva eleito 1º ministro


CCB - Centro Cultural de Belém (1993)

Foi iniciado em Setembro de 1988 e concluído em Setembro de 1993. Na base da sua construção esteve a necessidade de um equipamento arquitectónico, que pudesse acolher, em 1992, a presidência portuguesa da União Europeia, e que, ao mesmo tempo, pudesse permanecer, como um pólo dinamizador de actividades culturais e de lazer. O seu projecto definitivo foi decidido no início de1988.

A sua polémica implantação, teve como fundamento, o facto de assinalar o ponto de partida dos descobrimentos marítimos, à semelhança da Torre de Belém e do Padrão dos Descobrimentos. 

O simbolismo associado a esta localização, é confirmado pela escolha na década de 1940, da grande Exposição do Mundo Português. O CCB veio ocupar mesmo espaço que foi destinado a instalar o Pavilhão "Portugueses no Mundo" e as "Aldeias Portuguesas".

Por concurso internacional, e 57 projectos acolhidos, foi seleccionada a proposta do arquitecto português Manuel Salgado e do consórcio do arquitecto italiano Vittorio Gregotti. 

De cinco módulos apresentados no projecto, apenas foram construídos, três; o Centro de Reuniões, o Centro de Espectáculos e o Centro de Exposições.

Inauguração

Abriu como centro cultural e de conferências em 1993, destacando-se no seu programa a música, artes teatrais e fotografia.

Tem também um museu de design com uma colecção de peças datadas de 1937 até aos nossos dias. Na sua curta e conturbada existência, o museu de design encerrou definitivamente, no dia 31 de Agosto de 2006, mas, através do Serviço Educativo e mediante marcação prévia, é possível realizar visitas e ateliers a grupos organizados. Durante o fim de semana realizam-se visitas guiadas gerais, temáticas, ciclos de conferências, debates e actividades para famílias.

Com vista para os jardins de relvados geométricos e oliveiras, do seu restaurante e cafetaria, pode apreciar-se o cais e o rio Tejo, ali tão perto.


Aos fins de semana Centro Cultural de Belém, enche-se de visitantes, que para além dos programas culturais habituais que oferece, podem usufruir da presença de artistas de rua, actores, e outras manifestações públicas de arte, performances, etc. Alberga desde Junho de 2007 o Museu Colecção Berardo.

Até 31 de Janeiro de 2010, a exposição "Amália Coração Independente" esteve presente neste monumento, em conjunto com o Museu da Electricidade.

Eleições Parlamentares Europeias de 1994

As eleições parlamentares europeias de 1994 foram realizadas em 12 Estados Membros da União Europeia, entre os dias 9 e 12 de Junho de 1994.

Nesta eleição, vê-se a fusão do Partido Popular Europeu e dos Democratas Europeus, um aumento no número total de lugares (567 membros foram eleitos para o Parlamento Europeu) e uma queda na taxa global de afluência às urnas de 57%. O eleitorado era composto por 269.261.000 eleitores.

Eleições parlamentares europeias de 1994 - Resultados anunciados entre 18 e 21 de Julho de 1994
GrupoDescriçãoPresidido porMEPs
PESSociais DemocratasPauline Green198PE1994e.png
EPPConservadores e Democratas CristãosWilfried Martens157
ELDRLiberais e Liberais DemocratasGijs De Vries43
EULComunistas e Extrema-EsquerdaAlonso José Puerta28
FEConservadores e Democratas CristãosGiancarlo Ligabue27
EDAConservadores NacionalistasJean-Claude Pasty26
GVerdesAlexander Langer
Claudia Roth
23
ERALiberais e Democratas LiberaisCatherine Lalumière19
ENEurocépticosJames Goldsmith19
NIIndependentesnenhum27Total: 567

Eleições legislativas de 1 de Outubro de 1995

Em 1995 o Eng. António Guterres consegue a sua grande vitória eleitoral, pondo fim a 10 anos de governação de Cavaco Silva, e chegando ao poder numa eleição em que teve como principal adversário Fernando Nogueira.


PS - 44,00 % - 112 Deputados
PSD - 34,00 % - 88 Deputados
CDU ( PCP e PEV ) - 9 % - 15 Deputados
CDS-PP - 8,6 % - 15 Deputados

Começa aqui a sua caminhada de seis anos à frente do Governo, que irá terminar na noite de 16 de Dezembro de 2001, ao demitir-se após a derrota eleitoral do PS nas eleições autárquicas, decisão que justificou com a necessidade de evitar que o país, "num momento de crise internacional" caísse num "pântano político".

António Guterres
António Manuel de Oliveira Guterres, 56 anos, nasce a 30 de Abril de 1949 na freguesia de Santos-o-Velho, em Lisboa. A sua infância é dividida entre a capital e a terra natal da mãe, Donas, na Beira Baixa. Aluno brilhante, em 1965 entra para o curso de Engenharia Electrotécnica no Instituto Superior Técnico, licenciando-se em1971, com a classificação final de 19 valores.

Profundamente católico, envolve-se, nessa altura, nas discussões religiosas e sociais do "Grupo da Luz", que integrava, entre outros, Helena Roseta e Marcelo Rebelo de Sousa. Nesse grupo, conhece também o padre Vítor Melícias que, em 1972, celebra o seu casamento com Luísa Melo.

Já nos anos 80, foi membro do Comissão de Integração Europeia (comissão negociadora da adesão de Portugal à Comunidade Europeia) e director de Desenvolvimento Estratégico do Investimento e Participação de Estado.

Em 24 de Maio de 2005, António Guterres é eleito para o cargo de alto-comissário das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR )

Paisagem cultural de Sintra - (1995)
Património da Humanidade da UNESCO

A Paisagem cultural de Sintra é um sítio inscrito em 1995 como Património da Humanidade da UNESCO localizado no município de Sintra, em Portugal. O sítio abrange uma parte da Serra de Sintra e inclui o centro histórico da vila, muitos monumentos históricos e a abundante vegetação natural e exótica dos parques da serra.


Segundo o relatório da UNESCO1 , "a paisagem cultural de Sintra, com sua serra, é um extraordinário e singular complexo de parques, jardins, quintas, mosteiros e castelos que criam uma arquitetura popular e culta harmonizada com a abundante e exótica vegetação, criando micro-paisagens de beleza exótica e luxuriante."

Eleições presidenciais 1996, Dr. Jorge Sampaio é eleito Presidente



‹ 1991 • Flag of Portugal.svg • 2001 ›
Eleição presidencial de 1996
Presidente para o período 1996-2001
14 de janeiro de 1996
Tipo de eleição: Presidencial
Demografia eleitoral
Hab. inscritos: 8 693 636
Votantes :5 762 978
  
66.29% Green Arrow Up.svg 6.6%
Jorge Sampaio 2-square.jpg
Jorge Sampaio - 
Votos:3 035 056  
  
53.91%
Cavaco Silva 2007 quadrada.jpg
Aníbal Cavaco Silva - 
Votos:2 595 131  
  
46.09%

Sampaio ( Jorge Fernando Branco de Sampaio, nasceu em 1939. Iniciou a sua carreira política ainda como estudante da Faculdade de Direito de Lisboa (por onde se licenciou pouco depois) quando, em 1962, o governo de Salazar proibiu a comemoração do Dia do Estudante, desencadeando uma crise marcada pela greve estudantil . 

Terminado o curso, dedicou-se à advocacia, participando, como muitos outros advogados oposicionistas, em julgamentos nos Tribunais Plenários, como defensor de oposicionistas presos. próximos do Partido Socialista (Movimento de Esquerda Socialista e Grupo de Intervenção Socialista), acabando por aderir ao Partido Socialista, do qual foi mais tarde Secretário-Geral. 

Como militante socialista, candidatou-se e foi eleito por três vezes para o Parlamento, tendo cumprido um biénio como presidente do Grupo Parlamentar do seu partido. Se a sua experiência governativa é curta ( Secretário de Estado em 1975 ), o mesmo já não se pode dizer da sua permanência à frente da edilidade lisboeta, pois nesta assumiu dois mandatos sucessivos, o último dos quais interrompido para Sampaio se candidatar à Presidência da República em 1996. 

Beneficiando de um apoio vasto de figuras da política e da cultura, e beneficiando também da solidariedade institucional do PS, de que continua a ser militante, venceu (com 53,8% dos votos) os seus transformando-se no terceiro presidente eleito depois da restauração da Democracia.

Centro Histórico do Porto  
Património Cultural da Humanidade(1996)

O Centro Histórico do Porto é a área mais antiga da cidade do Porto, em Portugal, classificado como Património Cultural da Humanidade desde 1996. Corresponde ao tecido urbano marcado pelas origens medievais da cidade e inclui territórios situados nas freguesias da Sé, de São Nicolau, da Vitória e de Miragaia.

Apesar de toda a evolução e mutações que ao longo dos tempos se deram no Centro Histórico do Porto, ainda hoje a observação do conjunto urbano que se apoia no velho casco medieval proporciona uma imagem de coerência e de homogeneidade. Sugere imutabilidade e permanência no tempo, constituindo assim um exemplar único de uma paisagem urbana dotada de identidade, forte carácter e qualidade estética.

Ponte D. Luis I - Centro Histórico do Porto
A área classificada pela UNESCO como Património Cultural da Humanidade inclui a parte da cidade interior ao traçado da antiga Muralha Fernandina, do século XIV e algumas áreas adjacentes de características idênticas ou valorizadas por realizações posteriores num total de cerca de 49 hectares


Exposição Mundial de 1998 


EXPO'98, ou oficialmente, Exposição Internacional de Lisboa de 19981 , cujo tema foi "Os oceanos: um património para o futuro", realizou-se em Lisboa, Portugal de 22 de Maio a 30 de Setembro de 1998.

Torre Vasco da Gama - Teleférico
A zona escolhida para albergar o recinto foi o limite oriental da cidade junto ao rio Tejo. Foram construídos diversos pavilhões, alguns dos quais ainda permanecem ao serviço dos habitantes e visitantes, integrados no agora designado Parque das Nações, destacando-se o Oceanário (o maior aquário do Mundo com a reprodução de 5 oceanos distintos e numerosas espécies de mamíferos e peixes, do arquitecto Peter Chermayeff) um pavilhão de múltiplas utilizações (Pavilhão Atlântico, arquitecto Regino Cruz) e um complexo de transportes com metropolitano e ligações ferroviárias (Estação do Oriente, do arquitecto Santiago Calatrava).

Estação do Oriente
A EXPO '98 atraiu cerca de 11 milhões de visitantes, apesar de previsões iniciais apontarem para cerca de 15 milhões, o que veio a justificar algumas opções de gestão de carácter duvidoso, e, acima de tudo, ruinosas para a empresa e seus accionistas. Parte do seu sucesso ficou a dever-se à vitalidade cultural que demonstrou - por exemplo, os seus cerca de 5000 eventos musicais constituíram um dos maiores festivais musicais da história da humanidade.

Arquitectonicamente, a Expo revolucionou esta parte da cidade e influenciou os hábitos de conservação urbana dos portugueses - pode dizer-se que o Parque das Nações é um exemplo de conservação bem-sucedida dum espaço urbano.

Zona Norte da Expo 98 - Ponte Vasco da Gama
Decidiu-se construir a exposição na zona oriental de Lisboa, que vira através dos anos uma degradação crescente. A antiga Doca dos Olivais, contacto privilegiado com o rio onde outrora atracavam hidroaviões, estava transformada num terreno industrial bastante degradado. 

A zona de 50 hectares onde hoje está o recinto era, no fim dos anos oitenta, um campo de contentores, matadouros e indústrias poluentes. Toda a exposição foi construída do zero. A torre da refinaria da Petrogal, única estrutura conservada, ficou como lembrança do espaço antes da intervenção. Houve um grande cuidado para que quase todos os equipamentos do recinto tivessem utilização posterior, evitando assim o seu abandono e a degradação, como aconteceu em Sevilha em 1992.


Em paralelo, lançaram-se grandes obras públicas. Entre as maiores estão a Ponte Vasco da Gama (a maior da Europa à data), uma nova linha de metro com sete estações e um interface rodo-ferroviário, a Gare do Oriente.

Música, logótipo e mascote

O tema musical da exposição foi composto em 1996 por Nuno Rebelo. A peça, de seu nome "Pangea" (o nome do super-continente pré-histórico de onde derivaram os actuais), misturava sobre guitarras portuguesas e uma base sinfónica de cariz épico muitas e díspares sonoridades, reminiscentes dos quatro cantos do mundo.

O logótipo da EXPO'98, representando o mar e o sol, foi concebido por Augusto Tavares Dias, director criativo de publicidade.

Logotipo da Expo 98
A mascote foi concebida pelo pintor António Modesto e pelo escultor Artur Moreira. Foi seleccionada entre 309 propostas e baptizada de Gil (em homenagem a Gil Eanes) por José Luís Coelho, um estudante do ciclo, num concurso que envolveu escolas de todo o país.

A exposição fechou as portas já ao nascer do dia 1 de Outubro de 1998. A última noite viu a maior enchente da sua história, tendo entrado no recinto depois das 20 horas cerca de 215 mil pessoas. A certo ponto da noite, e por razões de segurança, tiveram de ser destrancados os molinetes de acesso, o que faz com que nunca tenha havido um número certo para a quantidade de gente que se concentrou para ver o fogo-de-artifício de encerramento, o maior alguma vez realizado em Portugal.

De 1 a 15 de Outubro de 1998, o recinto esteve fechado ao público. Reabriu, já como Parque das Nações, recebendo nesse primeiro fim-de-semana mais de 100 mil visitantes. O Oceanário, o Pavilhão do Futuro, do Conhecimento dos Mares, permaneceram com as exposições que exibiram durante a EXPO'98 até ao dia 31 de Dezembro de 1998. 

Oceanário de Lisboa

O Oceanário de Lisboa localiza-se no Parque das Nações em Santa Maria dos Olivais, na cidade de Lisboa, distrito de mesmo nome, em Portugal. Constitui-se em um aquárrio público e instituição de pesquisa sobre Biologia marinha e Oceanografia. É o segundo maior oceanário do Mundo e contém uma extensa coleção de espécies — aves, mamíferos,peixes e outros habitantes marinhos. Com uma média de um milhão de visitantes por ano, é o segundo equipamento mais visitado de Portugal depois do estadio da luz.

Oceanário de Lisboa
Em abril de 2011, a inauguração de um novo edifício, o "Edifício do Mar", da autoria do arquiteto Pedro Campos Costa, marcou a conclusão do projeto de expansão do Oceanário. As novas instalações aumentaram a oferta da instituição com serviços que reforçam o papel da mesma na promoção do conhecimento dos oceanos. O novo edifício inclui uma área dedicada a exposições temporárias, uma nova área de acolhimento aos visitantes e bilheteiras, um auditório e um restaurante, o "Tejo".

Em 18 de Dezembro de 2009 o Oceanário atingiu 14 milhões de visitantes1 . Em 2010 foi visitado por 951.543 pessoas . Em 2012 havia atingido 16 milhões, constituindo-se em uma referência de cultura, lazer, entretenimento e educação no país. Em 2012, recebeu cerca de 900 mil visitantes, cerca de 320 mil portugueses e 600 mil turistas .

Foi considerado pelo BIE (o organismo internacional que elege as cidades a receberem as exposições) como a melhor Exposição Mundial de sempre.

Ponte Vasco da Gama

A Ponte Vasco da Gama é uma ponte sobre o rio Tejo, na área da Grande Lisboa, ligando Montijo e Alcochete a Lisboa e Sacavém, muito próximo do Parque das Nações, onde se realizou a Expo 98. Inaugurada a 29 de março de 1998, a ponte é a mais longa da Europa e é actualmente a nona mais extensa de todo o mundo, com os seus 17,3 km de comprimento, dos quais 12 estão sobre as águas do estuário do Tejo. Na sua inauguração foi servida uma feijoada que teve direito a inscrição no Guinness World Records.


O vão (comprimento do tabuleiro) do viaduto central é de 420 m. Foi construída a fim de constituir uma alternativa à ponte 25 de Abril para o trânsito que circula entre o norte e o sul do país na zona da capital portuguesa.

Aquando da sua construção foi necessário tomar especiais cuidados com o impacto ambiental, visto que atravessa o Parque Natural do Estuário do Tejo, uma importante área à escala europeia de alimentação e nidificação de aves aquáticas. Foi também necessário proceder-se ao realojamento de 300 famílias.

O nome da ponte comemora os 500 anos da chegada de Vasco da Gama à Índia, em 1498.

É uma das mais altas construções de Portugal, com 155 m de altura.

Estação Espacial Internacional (1998)

Estação Espacial Internacional (EEI, na sua sigla em português ou, em inglês, "International Space Station", com a sigla ISS) é um laboratório espacial completamente concluído, cuja montagem em órbita começou em 1998 e acabou oficialmente em 8 de juho de 2011 na missão STS-1351 . A estação encontra-se em órbita baixa (entre 340 km e 353 km), que possibilita ser vista da Terra a olho nú,2 e viaja a uma velocidade média de 27.700 km/h, completando 15,77 órbitas por dia.

Na continuidade das operações da Mir russa, do Skylab dos Estados Unidos e do planejado Columbus europeu, a Estação Espacial Internacional representa apermanência humana no espaço e tem sido mantida com tripulações de número não inferior a dois elementos desde 2 de novembro de 2000. A cada rendição da tripulação, a estação comporta duas equipas (em andamento e a próxima), bem como um ou mais visitantes.

A ISS envolve diversos programas espaciais, sendo um projeto conjunto da Agência Espacial Canadiana (CSA/ASC) , Agência Espacial Europeia (ESA), Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial (宇宙航空研究 ou JAXA) , Agência Espacial Federal Russa (ROSKOSMOS) e Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço (NASA) dos Estados Unidos.


Estação Espacial Internacional
A estação espacial encontra-se em órbita em torno da Terra a uma altitude de aproximadamente 360 quilómetros, uma órbita tipicamente designada de órbita terrestre baixa (na verdade, a altitude varia ao longo do tempo em vários quilómetros devido ao arrastamento atmosférico e reposição). A estação perde, em média, 100 metros de altitude por dia e orbita a Terra num período de cerca de 92 minutos. 

Em 27 de junho de 2008 (às 01:01 UTC) completou 55.000 órbitas desde o lançamento do módulo Zarya, o primeiro a ser lançado para o espaço. A estação era atendida principalmente pelo vaivém espacial e pelas naves Soyuz e Progress. O último voo de um ónibus espacial – o Atlantis - foi marcado para 8 de julho de 2011

José Saramago - 2º Prémio Nobel português em 1998


Nasceu na aldeia ribatejana de Azinhaga, concelho de Golegã, no dia 16 de Novembro de 1922, embora o registo oficial mencione o dia 18. Seus pais emigraram para Lisboa quando ele ainda não perfizera três anos de idade.

Toda a sua vida tem decorrido na capital, embora até ao princípio da idade madura tivessem sido numerosas e às vezes prolongadas as suas estadas na aldeia natal.

Fez estudos secundários (liceal e técnico) que não pôde continuar por dificuldades económicas.

Em 1972 e 1973 fez parte da redacção do Jornal "Diário de Lisboa" onde foi comentador político, tendo também coordenado, durante alguns meses, o suplemento cultural daquele vespertino. Pertenceu à primeira Direcção da Associação Portuguesa de Escritores. Entre Abril e Novembro de 1975 foi director-adjunto do "Diário de Notícias". Desde 1976 vive exclusivamente do seu trabalho literário. Faleceu em 10 de Junho de 2010.

Laurissilva - Madeira - Património Mundial da Unesco (1999)

Laurissilva é o nome dado a um tipo de floresta húmida subtropical, composta maioritariamente por árvores da família das lauráceas e endémico da Macaronésia, região formada pelos arquipélagos da Madeira, Açores, Canárias e Cabo Verde. Possui maior expressão nas terras altas da ilha da Madeira, onde se encontra a sua maior e mais bem conservada mancha, tendo sido considerada em 1999 pela UNESCO comoPatrimónio da Humanidade, ocupando aí uma área de cerca de 15.000 hectares. 


Na laurissilva as plantas mais comuns são as lauráceas como o loureiro (Laurus novocanariensis), o vinhático (Persea indica), o til (Ocotea foetens), e o barbusano(Apollonias barbujana). É um dos habitats, no mundo, com maior índice de diversidade de plantas por km²[carece de fontes]. A palavra laurissilva deriva do latim Laurus (loureiro, lauráceas) e Silva (floresta, bosque).

Macau - Transferência de Soberania (1999)

Com o decorrer das negociações, o estatuto de Macau redefiniu-se para território chinês sob administração portuguesa e a transferência de soberania de Macau para a República Popular da China8 10 foi agendada para a data de 20 de Dezembro de 1999, através da Declaração Conjunta Sino-Portuguesa sobre a Questão de Macau. 


Este documento bilateral e internacional, assinado no dia 13 de Abril de 1987, estabelecia ainda uma série de compromissos e garantias feitas entre Portugal e a China que permitiam a Macau um considerável grau de autonomia e a conservação das suas especificidades, incluindo o seu modo de vida e o seu sistema económico de carácter capitalista, até 2049.

Século XXI

Após a transferência, o novo Governo da Região Administrativa Especial de Macau, encabeçada e dirigida por Edmund Ho Hau-wah, combateu ferozmente e com êxito contra o crime organizado pelas tríades, com o precioso apoio do Governo Central da República Popular da China. Macau foi remilitarizada, através da colocação de uma guarnição de tropas chinesas. Estas tropas, além de servir para afirmar a soberania chinesa, foram encaradas como uma mais-valia, um apoio ao combate à criminalidade.

Nas eleições legislativas de 10 de Outubro de 1999, os resultados foram os seguintes:

PS - 44,06 % - 115 Deputados
PSD - 32,32 % - 81 Deputados
CDU ( PCP e PEV ) - 8,9 % - 17 Deputados
CDS-PP - 8,34 % - 15 Deputados
BE - 2,44 % - 2 deputados


A caminhada de seis anos do Eng. António Guterres à frente do Governo, terminou na noite de 16 de Dezembro de 2001, ao demitir-se após a derrota eleitoral do PS nas eleições autárquicas.

Eleições Parlamentares Europeias de 1999

As eleições parlamentares europeias de 1999 foram realizadas nos 15 Estados Membros da União Europeia, em 10, 11 e 13 de Junho de 1999. A afluência às urnas foi de 49,8%; na Bélgica e no Luxemburgo, o voto é obrigatório e onde as eleições nacionais foram realizadas nesse mesmo dia. Esta foi a primeira eleição em que a Áustria, a Finlândia e a Suécia votaram ao lado dos outros Estados Membros, e que aderiram em 1995 e votado separadamente. O eleitorado era composto por 288 milhões de eleitores.

Eleições parlamentares europeias de 1999 - Resultados anunciados em 20 de Julho de 1999
GrupoDescriçãoPresidido porMEPs
EPP-EDConservadores e Democratas CristãosHans-Gert Pöttering233PE1999e.png
PESSociais DemocratasEnrique Barón Crespo180
ELDRLiberais e Liberais DemocratasPat Cox50
G–EFAVerdes e RegionalistasHeidi Hautala
Paul Lannoye
48
GUE/NGLComunistas e Extrema-EsquerdaFrancis Wurtz42
UENConservadores NacionalistasCharles Pasqua31
EDDEurocépticosJens-Peter Bonde16
TGIMistoGianfranco dell'Alba
Francesco Speroni
18
NIIndependentesnenhum8Total: 626


Centro Histórico de Guimarães
Património Mundial da Humanidade 2001

A cidade histórica de Guimarães encontra-se associada à emergência da identidade nacional portuguesa no século XII. Constitui um exemplo excepcionalmente bem conservado da evolução de uma localidade medieval para uma cidade moderna, com a rica tipologia edificativa a mostrar o desenvolvimento da arquitectura portuguesa entre os séculos XV e XIX com o uso continuado de técnicas e materiais de construção tradicionais.


A cidade histórica de Guimarães encontra-se associada à emergência da identidade nacional portuguesa no século XII. Constitui um exemplo excepcionalmente bem conservado da evolução de uma localidade medieval para uma cidade moderna, com a rica tipologia edificativa a mostrar o desenvolvimento da arquitectura portuguesa entre os séculos XV e XIX com o uso continuado de técnicas e materiais de construção tradicionais.

O 11 de Setembro (2001)

Informação condensada de "Science et Vie": "A primeira guerra do século XXI começou por uma surpresa : a 11 de Setembro de 2001, quatro aviões comerciais, transformados em mísseis pilotados por piratas do ar, atingiram os Estados Unidos, lançando o que os estrategas chamam de "frappe préemptive".

A história da guerra está cheia destes ataques surpresas, que permitem ao agressor obter um sucesso rápido. Mas os resultados são aleatórios, porque a manobra só pode funcionar se se consegue conservar a vantagem inicial adquirida pelo ataque surpresa. 

Nestes ataques há também uma lei fundamental que nunca pode ser esquecida:

- Tem Prudência, quando bates em alguém mais forte que tu..."

Oussama ben Laden

« Nós vamos conduzir o Mundo à vitória ! » 

Oussama ben Laden, o cérebro presumido dos ataques contra os Estados Unidos, não é um estratega como os outros. Porque escolheu, num acto de guerra que ultrapassa largamente as formas clássicas do terrorismo, fazer disparar um conflito cujo objectivo não é de controlar um espaço geográfico, mas alcançar metas ideológicas.

Impôr a sua visão do mundo a um adversário "global" que ele escolheu atingir nos seus pontos simbólicos : a cidade mais activa do mundo, o centro do poder financeiro do planeta, os imóveis emblemáticos da potência económica americana, o estado-maior do maior exército do mundo, sem esquecer o aspecto espectacular do ataque, transmitido em directo pelas televisões do mundo inteiro. 

É por esta razão que Ben Laden não agiu desta vez como um terrorista, mas sim como um chefe de guerra. E os Estados Unidos não se enganaram mais, e declaram-lhe guerra a ele, e a todos os grupos e países que o apoiavam ou o apoiassem .

Morte de Bin Laden


Em 1 de maio de 2011. o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, informou em conferência à imprensa que bin Laden havia morrido na cidade paquistanesa de Abbottabad. Segundo a versão oficial, Osama teria sido capturado e morto em um esconderijo nos arredores da cidade por forças da Joint Special Operations Command em conjunção com a CIA e que o governo desse país colaborou para a localização do paradeiro do terrorista.

Eleições presidenciais 2001, Dr. Jorge Sampaio é re-eleito Presidente com 55,55% de votos


‹ 1996 • Flag of Portugal.svg • 2006 ›
Eleição presidencial de 2001
Presidente para o período 2001-2006
14 de janeiro de 2001
Tipo de eleição: Presidencial
Demografia eleitoral
Hab. inscritos: 8 950 905
Votantes :4 449 800
  
49.71% Red Arrow Down.svg 25%
Jorge Sampaio 2-square.jpg
Jorge Sampaio - 
Votos:2 401 015  
  
55.55%
Man silhouette-gray.svg.png
Joaquim Ferreira do Amaral - 
Votos:1 498 948  
  
34.68%
Man silhouette-gray.svg.png
António Abreu - 
Votos:223 196  
  
5.16%
Man silhouette-gray.svg.png
Fernando Rosas - 
Votos:129 840  
  
3.00%
Man silhouette-gray.svg.png
Garcia Pereira - 
Votos:68 900  
  
1.59%


Alto Douro Vinhateiro 
Património Mundial da Unesco (2001)

A Região Vinhateira do Alto Douro ou Alto Douro Vinhateiro é uma área do nordeste de Portugal com mais de 26 mil hectares, classificada pela UNESCO, em 14 de Dezembro de 2001, como Património da Humanidade, na categoria de paisagem cultural e rodeada de montanhas que lhe dão características mesológicas e climáticas particulares.

Esta região, que é banhada pelo Rio Douro e faz parte do chamado Douro Vinhateiro, produz vinho há mais de 2000 anos, entre os quais, o mundialmente célebre vinho do Porto. as suas origens remontam à segunda metade do século XVII, altura em que o Vinho do Porto começa a ser produzido e exportado em quantidade, especialmente para a Inglaterra.

Mapa do Alto-Douro pelo Barão de Forrester.
Contudo, os elevados lucros obtidos com as exportações para a Inglaterra viriam a gerar situações de fraude, de abuso e de adulteração da qualidade do vinho generoso. Os principais produtores de vinho durienses exigem então a intervenção do governo e a 10 de Setembro de 1756, é finalmente criada a "Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro".

Para demarcar o espaço físico da região foram então mandados implantar 201 marcos de granito. No ano de 1761 são colocados mais 134 marcos pombalinos, perfazendo então um total de 335.

O Euro de D. Afonso Henriques (2002)

Os símbolos que o primeiro rei de Portugal usava para marcar os seus documentos regressam para ilustrar a face portuguesa do euro. A escolha foi ontem anunciada. O outro lado da moeda será igual em todos os países. São desenhos para moedas que apenas entrarão nos bolsos em 1 Janeiro de 2002.

As faces portuguesas das moedas de euro vão ter os símbolos que o primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques, utilizava para autenticar os seus documentos. O outro lado da moeda, já aprovado pela União Europeia (UE), será igual em todos os países que participarem no espaço euro, com o mapa da Europa e os valores da moeda. Mas foi também ontem divulgado a versão final com a deslocação do número 2 para a esquerda, de forma que não tapasse Portugal.


A decisão da face nacional das moedas de euro emitidas por Portugal foi ontem anunciada pelo Ministro das Finanças depois de ter sido aprovada em Conselho de Ministros. António Sousa Franco revelou que ouviu o Banco de Portugal e afirmou que foi respeitada a decisão do júri, que escolheu, por maioria, este grafismo num conjunto de 14, na segunda-feira passada.

Todas as oito moedas previstas para o euro vão ter castelos e quinas distribuídos ao longo do círculo e paralelamente às 12 estrelas. A distinção é feita no elemento central, onde estão os símbolos de autenticação de D. Afonso Henriques onde se pode sempre ler Portugal.

Vão existir três símbolos diferentes. As moedas de um e dois euros, as únicas que são bi-metálicas à semelhança das de cem escudos, vão ter no centro uma espécie de flor de oito pétalas com uma cruz ao fundo. As de dez, 20 e 50 cents têm motivos românicos. E as de um, dois e cinco cents são marcadas por uma cruz.

Cada um dos países da UE que prevêem integrar o euro estão a escolher as suas faces nacionais. Portugal é, neste momento, o quinto País a anunciar a sua escolha para a face nacional da moeda única. "Tal como noutras situações, estamos entre os mais avançados".

Os símbolos escolhidos reflectem, de acordo com Sousa Franco, uma forte presença da identidade nacional. Esta foi, aliás, a defesa feita pelo autor do grafismo, Vítor dos Santos, na memória descritiva que acompanha os desenhos e que é transcrita pelo comunicado do Ministério das Finanças.

Além da identidade nacional, o autor procurou fazer um "contraste" com as propostas "já conhecidas de outros países, designadamente da Alemanha e da Bélgica".

Nas Eleições Legislativas de 17 de Março de 2002, os resultados foram os seguintes:

Dr. Durão Barroso é nomeado primeiro ministro. 


PSD - 40,15 % - 102 Deputados
PS - 37,84 % - 95 Deputados
CDS-PP - 8,75 % - 14 Deputados
CDU ( PCP e PEV ) - 6,97 % - 12 Deputados
BE - 2,75 % - 3 Deputados

Durão Barroso, José Manuel  (Lisboa23 de Março de 1956 - ) é um político português e presidente da Comissão Europeia desde Novembro de 2004, após abandonar o cargo de Primeiro Ministro de Portugal. Licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa, fez mestrado em Ciências Económicas e Sociais pela Universidade de Genebra

A sua carreira académica continuou como professor assistente na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e no Departamento de Ciência Política da Universidade de Georgetown (em Washington), onde efectuou trabalho de pesquisa no âmbito do seu doutoramento. De regresso a Lisboa, Durão Barroso foi director do departamento de relações internacionais da Universidade Lusíada.

A sua actividade política teve início nos seus tempos de estudante, antes da Revolução dos Cravos de 25 de Abril de 1974. Foi um dos líderes do PCTP-MRPP (Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses - Movimento Reorganizativo do Partido do Proletariado), força política de inspiração maoísta. Em Dezembro de 1980, Durão Barroso aderiu ao Partido Social Democrata, no qual está filiado até hoje.

A 29 de Junho de 2004, Durão Barroso anunciou a sua demissão, para assumir o cargo de presidente da Comissão Europeia.


Dr. José Manuel Durão Barroso 
Presidente da Comissão Europeia

O ex Primeiro Ministro português, José Manuel Durão Barroso foi eleito Presidente da Comissão Europeia pela maioria dos membros do Parlamento Europeu. O mais alto cargo internacional exercido até hoje, por qualquer cidadão português.

Depois do Parlamento Europeu aprovar a sua nomeação, Barroso anunciou que quer apresentar a sua nova equipa na semana de 23 de Agosto. Os Comissários seleccionados serão ‘entrevistados’ pelo Parlamento Europeu de maneira a serem oficialmente aprovados. É presidente desde Novembro de 2004.

O Dr. Santana Lopes é nomeado primeiro ministro pelo presidente da República.


Pedro Miguel de Santana Lopes (nasceu em 29 de Junho 1956, em Lisboa) é um político português, actual presidente da Câmara Municipal de Lisboa e antigo Primeiro-ministro de Portugal. Santana Lopes é licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa. Aderiu ao Partido Social Democrata Português (PSD) em 1976, onde hoje exerce as funções de presidente.

Fez parte do governo português de Aníbal A. Cavaco Silva, tendo sido o seu Secretário de Estado para a Cultura. Foi também presidente do Sporting Clube de Portugal, e presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz - até ao momento um dos raros cargos que cumpriu até ao fim do mandato - e, posteriormente, foi presidente da Câmara Municipal de Lisboa, que ganhou nas Eleições Autárquicas de 2001.

Fez parte do governo português de Aníbal A. Cavaco Silva, tendo sido o seu Secretário de Estado para a Cultura. Foi também presidente do Sporting Clube de Portugal, e presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz - até ao momento um dos raros cargos que cumpriu até ao fim do mandato - e, posteriormente, foi presidente da Câmara Municipal de Lisboa, que ganhou nas Eleições Autárquicas de 2001.

O presidente da República dissolve o Parlamento e convoca novas eleições legislativas para 20 de Fevereiro de 2005

Eleições Parlamentares Europeias de 2004

Em Portugal, as eleições de 2004 para o Parlamento Europeu saldaram-se por uma grande derrota da coligação de centro-direita e direita, no governo, e uma vitória de todas as forças de esquerda. Pela primeira vez em eleições de carácter nacional, o Partido Socialista (membro do Partido Socialista Europeu) venceu sozinho os dois maiores partidos de direita (o Partido Social Democrata e oPartido Popular) coligados na coligação Força Portugal. Sendo o Partido Social Democrata parte do Partido Popular Europeu. 

Estes, por sua vez, obtiveram a votação e a percentagem mais baixa de sempre da história da democracia portuguesa. A Coligação Democrática Unitária, de comunistas e verdes, teve uma pequena descida mas manteve o mesmo número de deputados. O Bloco de Esquerda, por seu lado, quase triplicou a votação e elegeu pela primeira vez um deputado europeu.

O segundo aspecto mais relevante dos resultados foi a abstenção, uma das mais elevadas da Europa, a atingir os 61,2%. Apesar disso, não subiu muito relativamente às eleições de 1999, ano em que atingiu os 59,7%.

Eleições parlamentares europeias de 2004 - Resultados anunciados em 20 de Julho de 2004
GrupoDescriçãoPresidido porMEPs
EPP-EDConservadores e Democratas CristãosHans-Gert Pöttering268PE2004e.png
PSESociais DemocratasMartin Schulz200
ALDELiberais e Liberais DemocratasGraham Watson88
G–EFAVerdes e RegionalistasDaniel Cohn-Bendit
Monica Frassoni
42
GUE/NGLComunistas e Extrema-EsquerdaFrancis Wurtz41
IDEurocépticosJens-Peter Bonde
Nigel Farage
37
UENConservadores NacionalistasBrian Crowley
Cristiana Muscardini
27
NIIndependentesnenhum29Total: 732


Partido Socialista (PS): António Luís Santos Costa; Ana Maria Rosa Martins Gomes; Francisco José Pereira de Assis Miranda; Elisa Maria da Costa Guimarães Ferreira; José Paulo Martins Casaca; Sérgio Paulo Mendes de Sousa Pinto; Fausto de Sousa Correia; Edite de Fátima Santos Marreiros Estrela; Luís Manuel Capoulas Santos; Jamila Bárbara Madeira e Madeira; Emanuel Vasconcelos Jardim Fernandes; Manuel António dos Santos.

Força Portugal (PPD/PSD-CDS-PP): João de Deus Rogado Salvador Pinheiro; Vasco Navarro da Graça Moura; Maria da Assunção Andrade Esteves; Luís Afonso Cortez Rodrigues Queiró; José Albino da Silva Peneda; Mário Sérgio Quaresma Gonçalves Marques; Duarte Nuno D'Ávila Martins de Freitas; Carlos Miguel Maximiano de Almeida Coelho; José Duarte de Almeida Ribeiro e Castro.

Coligação Democrática Unitária (PCP-PEV): Maria Ilda da Costa Figueiredo; Sérgio José Ferreira Ribeiro.

Bloco de Esquerda (BE): Miguel Sacadura Cabral Portas.


O EURO  (UEFA) 2004

O Campeonato Europeu de Futebol 2004 (UEFA Euro 2004) teve lugar em Portugal, entre 12 de junho e 4 de julho de 2004. A prova decorreu sem grandes incidentes, sendo considerado pela UEFA como o melhor e mais bem organizado Europeu de Futebol de sempre.[carece de fontes]Para organizar o terceiro maior evento desportivo do mundo, Portugal construiu e renovou 10 estádios. 

Cerca de um milhão de turistas visitaram Portugal neste período, aos quais se juntam mais de 2.000 voluntários e 10.000 jornalistas de todo o mundo.

A UEFA Euro 2004 viu também serem introduzidas novas medidas de segurança a nível dos ingressos para os jogos, assim como uma nova forma de organização. 

Esta passaria a ser conjunta, entre a Federação de Futebol de cada país e a UEFA.

Portugal foi escolhido a 12 de Outubro de 1999 para organizar o Euro 2004.

Fundação Champalimaud (2004)

Foi criada por testamento do empresário António de Sommer Champalimaud em 2004, tendo sido registada oficialmente em 17 de dezembro desse ano.

Com sede em Lisboa, o seu nome oficial é uma homenagem aos pais do seu instituidor. O empresário doou 500 milhões de euros para que a Fundação possa desenvolver, apoiar e promover a ciência em Portugal, tendo escolhido como sua presidente a Dra. Leonor Beleza.

O objetivo da Fundação é promover a investigação científica na área da biomedicina, em especial nas áreas do cancro e neurociências.

Com relação ao Cancro, a Fundação optou por um modelo dirigido à obtenção de resultados na prevenção e no tratamento da doença: a investigação translacional, ou seja, o método que faz a ligação permanente entre a investigação básica e a investigação clínica, assegurando que as descobertas científicas se aplicam no desenvolvimento e no ensaio de soluções para os problemas que afligem as pessoas.
Centro de Investigação para o Desconhecido: aspecto do jardim tropical.
A investigação em neurociências tem por objetivo investigar as bases neuronais do comportamento. O Centro de Investigação para o Desconhecido da Fundação Champalimaud é um projeto de autoria do arquiteto goês Charles Correa. Foi inaugurado a 5 de outubro de 2010.

Implanta-se num terreno de 65 mil metros quadrados localizado na zona ribeirinha de Pedrouços. É um local privilegiado à margem do rio Tejo, próximo à Torre de Belém, simbólico por ser de onde os navegadores portugueses partiram há cinco séculos rumo ao "desconhecido".

O conjunto inclui dois blocos principais: o centro de pesquisa / centro de tratamento do cancro, e o auditório (ligados por um passadiço elevado). Possui ainda jardins e um anfiteatro ao ar livre.

Em 2012 a fundação ficou em primeiro lugar na lista dos melhores sítios para trabalhar fora dos Estados Unidos, selecionada pela revista norte-americana The Scientist. Mais de 1.500 cientistas responderam ao inquérito para a escolha dos melhores sítios para investigadores pós-doutorados trabalharem tanto nos EUA como fora.

A organização instituiu o "Prémio de Visão António Champalimaud" atribuído a instituições de qualquer país do mundo que se destaquem no combate às doenças que afetem a visão. O Prémio de Visão é atribuído nos anos ímpares e tem o valor de um milhão de euros, alternando entre a investigação científica na área da biomedicina e instituições com efetivo contributo no alívio de problemas visuais, sobretudo nos países em desenvolvimento.

António de Sommer Champalimaud, nasceu em Lisboa a 19 de Março de 1918 e faleceu em  Lisboa em 8 de Maio de 2004, foi um empresário português. 

Figura incontornável na história económica do século XX português, citado muitas vezes como o homem mais rico do país, tinha uma fortuna calculada em 1,3 mil milhões de euros e apareceu na lista dos multimilionários da revista americana Forbes em 2004, ocupando a 153.ª posição. 

Construiu o seu império empresarial durante a ditadura do Estado Novo, com a protecção de Salazar. Esse império foi estatizado e arruinado pelo Governo de Vasco Gonçalves. Estendeu os seus negócios a Angola, Moçambique e ao Brasil, onde manteve outro império empresarial.

Eleições legislativas de 2005

Nessas eleições o Partido Socialista obteve a maioria parlamentar e o Eng. José Sócrates foi nomeado primeiro Ministro.

PS - 45,05 % - 120 Deputados
PSD - 28,7 % - 72 Deputados
CDU ( PCP e PEV ) - 7,56 % - 14 Deputados
CDS-PP - 7,26 % - 12 Deputados
BE - 6,38 % - 8 Deputados


José Sócrates - 1º Ministro

Sócrates, José ( José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa ) Nascido em Vilar de Maçada, concelho de Alijó, distrito de Vila Real, em 6 de Setembro de 1957 Engenheiro Civil. Pós-graduado em Engenharia Sanitária, na Escola Nacional de Saúde Pública Militante do Partido Socialista desde 1981.Presidente da Federação Distrital de Castelo Branco entre 1986 e 1995. Membro do Secretariado Nacional do Partido Socialista desde 1991, e membro da Comissão Política do PS. Porta-voz do PS para a área do Ambiente a partir de 1991

Deputado à Assembleia da República de 1987 a 1995 e desde 2002 (V, VI, VII, VIII e IX Legislaturas), pelo círculo de Castelo Branco, tendo sido, na IX Legislatura, Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do PS, membro da Comissão Parlamentar de Defesa Nacional e membro da Comissão Permanente da Assembleia da República

Membro da Assembleia Municipal da Covilhã. Ministro do Ambiente e do Ordenamento do Território do XIV Governo Constitucional.

Ministro Adjunto do Primeiro-Ministro do XIII Governo Constitucional. Secretário de Estado Adjunto do Ministro do Ambiente do XIII Governo Constitucional

Eleito Secretário Geral do Partido Socialista em Setembro de 2004. Primeiro Ministro eleito nas eleições legislativas de 2005.

Eleições Presidenciais de 2006


‹ 2001 • Flag of Portugal.svg • 2011 ›
Eleição presidencial de 2006
Presidente para o período 2006-2011
22 de janeiro de 2006
Tipo de eleição: Presidencial
Demografia eleitoral
Hab. inscritos: 9 085 339
Votantes :5 590 132
  
61.53% Green Arrow Up.svg 23.8%
Cavaco Silva 2007 quadrada.jpg
Aníbal Cavaco Silva - 
Votos:2 773 431  
  
50.54%
Man silhouette-gray.svg.png
Manuel Alegre - 
Votos:1 138 297  
  
20.74%
Mário Soares (2003) square.jpg
Mário Soares - 
Votos:785 355  
  
14.31%
Jerónimo de Sousa.jpg
Jerónimo de Sousa - 
Votos:474 083  
  
8.64%
Francisco Louçã na VI Convenção Nacional do Bloco de Esquerda 01-square.jpg
Francisco Louçã - 
Votos:292 198  
  
5.32%
Man silhouette-gray.svg.png
António Garcia Pereira - 
Votos:23 983  



O Tribunal Constitucional anunciou os resultados oficiais das eleições presidenciais de 22 de Janeiro de 2006. O total de eleitores inscritos foi de 8 830 706 O total de votantes foi de 5 529 117 ( 62,61% ).

A vitória foi de Cavaco Silva, com 2.773.431 votos (50,59 por cento dos votantes ).


Cavaco Silva, (Aníbal António) Economista e político, n. em Boliqueime, Loulé, em 1939. Licenciado em Finanças pelo ISCEF (1964), seguiu para o Reino Unido (1971) onde obteve o doutoramento na Universidade de York (1973). Foi professor no ISCEF e depois na Universidade Católica. 

Depois do 25 de Abril ingressa no PPD actual PSD. Ganha o congresso da Figueira da Foz (Maio de 1985) e forma governo de minoria até 1987.

Neste ano ganha as eleições antecipadas com maioria absoluta e volta a ganhá-las em 1991.

Foi chefe do executivo desde as primeiras eleições de 1985 a 1995. Ganha as eleições presidenciais de 2006.

Madoff a Fraude de 65.000 mil milhões (2008)

Bernard Lawrence "Bernie" Madoff (Queens, Nova Iorque, 29 de abril de 1938) foi o presidente de uma sociedade de investimento que tem o seu nome e que fundou em 1960. Esta sociedade foi uma das mais importantes de Wall Street. Madoff também foi uma das principais figuras da filantropia judaica. Em Dezembro de 2008 Madoff foi detido pelo FBI e acusado de fraude. 

O juiz federal Louis L. Stanton congelou os activos de Madoff. Suspeita-se que a fraude tenha alcançado mais de 65 000 milhões de dólares, o que a torna numa das maiores fraudes financeiras levadas a cabo por uma só pessoa.

Madoff
Madoff, com fama de filantropo, não só enganou entidades bancárias e grupos de investimento, como também são vítimas da sua fraude fundações e organizações caritativas.

A Securities Investor Protection Corporation (SIPC) está em processo de liquidação da brokerage da empresa de Madoff, com Irving Picard a atuar como trustee. A SIPC assegura até 500 000 dólares para dinheiro em falta em contas de brokerage individuais, mas não protege contra maus investimentos.

Stephen Harbeck, presidente da SIPC afirmou que os registos financeiros do departamento de gestão de investimentos demorarão seis meses a analisar. “Há alguns ativos, mas não tenho ideia de qual a relação com os pedidos sobre eles. Os registos são altamente suspeitos neste caso.”

As potenciais perdas destes nove investidores totalizam 22.320 milhões  de dólares. Outros investidores, com perdas potenciais entre 100 milhões de dólares e 1000 milhões de dólares incluem as seguintes entidades: Natixis SA, Carl J. Shapiro, Royal Bank of Scotland Group PLC, BNP Paribas, BBVA, Man Group PLC, Reichmuth & Co., Nomura Holdings, Aozora Bank5 , Maxam Capital Management, EIM SA, e AXASA.

O total de perdas potenciais segundo o The Wall Street Journal é de 65.000 milhões, o que faz de Madoff o autor da maior fraude financeira de todos os tempos. Numerosas entidades estrangeiras foram afetadas. 

Supõe-se que haja só de fundos portugueses cerca de 76 milhões de euros aplicados no esquema fraudulento de Madoff .

Em 29 de junho de 2009, Madoff foi condenado a 150 anos de prisão por um tribunal de New York. Em 11 de dezembro de 2010 u seu filho Mark Madoff suicidou-se.

O PC portátil Magalhães (2008)

O portátil Magalhães é um computador portátil de baixo custo, montado em Portugal. É baseado na segunda versão do portátil Classmate PC da Intel.

O nome provém do navegador português Fernão de Magalhães. A montagem deste computador em Portugal, sob o âmbito do programa e-escolinha, resulta de um protocolo, anunciado em 31 de Julho de 2008, entre o Governo da República Portuguesa e a Intel para a criação de um consórcio com capitais maioritariamente portugueses formado pelas empresas J.P. Sá Couto, Prológica e a Intel.

O portátil tem como público-alvo crianças com idades compreendidas entre os seis e os dez anos. Foi disponibilizado em duas versões com diferentes processadores: numa primeira fase o Intel Celeron a 900 MHz e numa segunda fase o Intel Atom a 1,6 GHz. O primeiro é mais antigo na linha de produtos da fabricante americana e o segundo mais recente e mais eficiente em termos energéticos.

O Magalhães é montado num espaço que pertence à actual fábrica da JP Sá Couto, em Matosinhos, com um custo de produção de 180 euros. 

Começou a ser produzido em Janeiro de 2008 mas só em Setembro foram distribuídos os primeiros portáteis às crianças do ensino básico em Portugal, através do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações (MOPTC), sendo gratuito para aqueles que estiverem abrangidos pelo primeiro escalão da acção social escolar. 

Para os do segundo escalão custa 20 euros e para aqueles que não estiverem abrangidos pela acção social custa 50 euros. A 16 de setembro de 2008, a distribuição dos Magalhães foi alargada ao 5º e 6º ano. O governo português pretende exportar este portátil e o modelo e-escolinha para outros países. O Magalhães também está à venda para público em geral, nas versões 60 minutos e Descobrir Portugal, ao preço de 285€  , mais 105 € que o custo de produção, e outra versão ao preço de 329 €.

Eleições para o Parlamento Europeu 2009

PartidoCandidatoVotosVotos (%)Votos (±)AssentosAssentos
(%)
Assentos
(±)
PSDPaulo Rangel1 131 744
31,71%
+31,71%836,36%+1
PSVital Moreira946 818
26,53%
-17,99%731,82%-5
BEMiguel Portas382 667
10,72%
+5,81%313,64%+2
CDU(a)Ilda Figueiredo379 787
10,64%
+1,55%29,09%0
CDS/PPNuno Melo298 423
8,36%
+8,36%29,09%0
MEPLaurinda Alves55 072
1,54%
+1,54%00%0
PCTP/MRPPOrlando Paulo Alves42 940
1,2%
+0,13%00%0
MPTPedro Quartin Graça24 062
0,67%
+0,27%00%0
MMSCarlos Alberto Gomes21 738
0,61%
+0,61%00%0
PHManuela Magno17 139
0,48%
+0,09%00%0
PPMFrederico Duarte Carvalho14 414
0,4%
-0,05%00%0
PNRHumberto Nuno de Oliveira13 214
0,37%
+0,12%00%0
POUSCarmelinda Pereira5 177
0,15%
+0,02%00%0
Totais3 333 19522
Votos em Branco165 8304,65%+2,08%
Votos Nulos69 9181,96%+0,57%
Participação3 568 94336,78%-1,82%




Partido Social Democrata (PSD): Paulo Rangel, Carlos Coelho, Graça Carvalho, Mário David, Nuno Teixeira, Maria do Céu Patrão,Regina Bastos, José Manuel Fernandes

Partido Socialista (PS): Vital Moreira, Edite Estrela, Luís Capoulas Santos, Elisa Ferreira, António Correia de Campos, Luís Paulo Alves, Ana Gomes

Bloco de Esquerda (BE): Miguel Portas, Marisa Matias, Rui Tavares
CDU - Coligação Democrática Unitária (PCP-PEV): Ilda Figueiredo, João Ferreira

Partido Popular (Portugal) (CDS-PP): Nuno Melo, Diogo Feio

Visita de Bento XVI - 2010

A visita apostólica do Papa Bento XVI a Portugal decorreu no dias 11 a 14 de Maio de 2010. Os propósitos principais desta visita papal são a celebração do 10.º aniversário da beatificação dos pastorinhos Jacinta Marto e Francisco Marto, videntes de Fátima, e o contacto com as dioceses de Lisboa, Leiria-Fátima e Porto.

O Papa Bento XVI chegou ao Aeroporto da Portela, em Lisboa, na manhã do dia 11 de Maio.

Após um encontro na Nunciatura apostólica com o corpo diplomático e representantes do Estado, visitou o Mosteiro dos Jerónimos e foi recebido pelo Presidente Aníbal Cavaco Silva no Palácio de Belém.

No final da audiência, o Papa saudou também os funcionários do Palácio de Belém. Ao fim da tarde, ele celebrou uma missa no Terreiro do Paço, no centro da capital portuguesa.

TROIKA em Portugal - FMI - BCE - UE (2010)
3ª vez desde 1974 - PS no Governo

Salários reduzidos na Função Pública - Impostos aumentados-Cortes nos subsídios de Natal e no investimento público

O termo troika foi usado como referência às equipas constituídas por responsáveis da Comissão Europeia, Banco Central Europeu eFundo Monetário Internacional que negociaram as condições de resgate financeiro na Grécia, no Chipre, na Irlanda e em Portugal .

Em Portugal, a troika foi chefiada em abril de 2011 por Jürgen Kröger (Comissão Europeia) e contando também com Poul Thomsen(Fundo Monetário International) e Rasmus Rüffer (Banco Central Europeu)

Tablet - O computador portátil (2010)


Tablet também conhecido como tablet PC ou simplesmente tablet, é um dispositivo pessoal em formato de prancheta que pode ser usado para acesso à Internet, organização pessoal, visualização de fotos, vídeos, leitura de livros, jornais e revistas e para entretenimento com jogos. Apresenta uma tela sensível ao toque (touchscreen) que é o dispositivo de entrada principal. A ponta dos dedos ou uma caneta aciona suas funcionalidades.

A popularização deste tipo de computador começou a se dar com o lançamento do iPad pela Apple Inc. - que já havia sido responsável pela difusão dos MP3 players e smartphones com o iPod e o iPhone - em janeiro de 2010, que, inspirado no sucesso dos smartphones, utilizava uma tela sensível ao toque dos dedos, dispensando canetas especiais, e um sistema operacional diferente do utilizado nos computadores comuns operados por mouse e teclado.

Os PIIGS (Suínos)


Em 2010, as siglas PIIGS e PIGS (“suínos” em inglês) foram amplamente utilizado por analistas de títulos internacionais, académicos e da imprensa económica internacional ao se referir ao fraco desempenho das economias dos países em inglês de Portugal, Italy, Ireland, Greece, and Spain (Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha).

No verão de 2010, Moody's Investors Service cortou a avaliação de títulos soberanos de Portugal, ao estabelecer dois níveis de um Aa2 para o A1. Devido aos gastos com estímulos económicos, a dívida em Portugal aumentaram significativamente em relacção ao Produto Interno Bruto. Moody observou que o crescimento da dívida, que pesam sobre as finanças de curto prazo do governo. No início do ano, Portugal foi um dos países identificados na Crise do Euro em 2010 como difundiram a preocupação com o aumento do déficit do governo e a dívida pública em alguns países.

Também em 2010, o país alcançou uma taxa de desemprego recorde de quase 11%, um valor não visto por mais de duas décadas, enquanto o número de funcionários públicos manteve-se muito elevado.

O escândalo BPN (2011)

O caso BPN refere-se a um conjunto de casos interrelacionados que exibem indícios de vários tipos de crime como corrupção, lavagem de dinheiro e tráfico de influências, que levaram à nacionalização do banco BPN que envolve figuras de estado como o actual Presidente da República de Portugal, Cavaco Silva, bem como ex-membros do núcleo duro do seu X Governo Constitucional de Portugal como Dias Loureiro, José Oliveira e Costa, Duarte Lima e Miguel Cadilhe. 

Entre as organizações envolvidas encontram-se, além do BPN, a Sociedade Lusa de Negócios e o Banco Insular.

Cronologia

2011-03-17 - o Banco de Cabo Verde instaurou um processo a ex-administradores do Banco Insular e do Banco Fiduciário Internacional por alegada violação das regras financeiras.

Em 2011-03-17 o inspector tributário Paulo Jorge Silva declarou que Luiz Felipe Scolari e Luís Figo foram pagos pela SLN, respectivamente, quase 800 mil euros e cerca de 390 mil euros, através da offshore Jared Finance, que servia de "saco azul" para fazer "pagamentos por fora" .

Em 2011-04-01 uma testemunha declarou durante o julgamento que o grupo Sociedade Lusa de Negócios movimentou 9,7 mil milhões de euros, entre 2003 e 2008, através de contas da Solrac Finance, um off-shore do grupo SLN com conta no balcão virtual do Banco Insular.3

Em Maio de 2010, foi votada e aprovada em Assembleia Geral da SLN a mudança de nome da sociedade para Grupo Galilei, com 89,17% de votos favoráveis, numa AG que teve 65,13% do capital representado.  

NOTA: actualmente, no sítio do Grupo Galilei na Internet, a página "História" indica que o grupo foi fundado em 1999, mas não faz referência directa ao nome original, embora o mesmo se torne implícito. 

Em Janeiro de 2011, é tornado público que o actual Presidente da República adquiriu as suas acções da então SLN a um preço especial (cerca de 40% a 60% abaixo do valor de mercado), o qual estava reservado apenas para um conjunto seleccionado de accionistas, e do qual Cavaco Silva não fazia parte. 

No final de 2012, o total parcial de prejuízos causados, a serem pagos pelo Estado Português, ascendiam a 7 mil milhões de euros.


Eleições Legislativas de 2011:

PSD 38,65% - 108 Dep. 
PS 28,06%    - 74 Dep.
CDS 11,7%  - 16 Dep
PCP 7,91%  - 7Dep. 
BE 5,17%     - 8 Dep.

Pedro Manuel Mamede Passos Coelho é nomeado 1º Ministro pelo Presidente da República.

Filho de António Passos Coelho (Vila Real, Vale de Nogueiras, 31 de Maio de 1926), médico, e de sua mulher (casados em 1955) Maria Rodrigues Santos Mamede (Ourique,Santana da Serra, c. 1930)[2], cresceu com a irmã Maria Teresa e o irmão entre Silva Porto e Luanda, em Angola, onde o pai exercia medicina. Regressou a Portugal após o 25 de Abril de 1974, tendo ido viver com a família para Vale de Nogueiras, concelho de Vila Real, donde o seu pai é originário.

Concluiu o ensino secundário na Escola Secundária Camilo Castelo Branco, no mesmo concelho.Aderiu à Juventude Social Democrata em 1978, tendo chegado a presidente da sua Comissão Política Nacional, em 1990, cargo que ocupou até 1995. Foi deputado à Assembleia da República, pelo círculo eleitoral de Lisboa, entre 1991 e 1999. 

Integrou a Assembleia Parlamentar da OTAN, até 1995, e foi vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD, de 1996 a 1999. Foi candidato a presidente da Câmara Municipal da Amadora, em 1997, exercendo o cargo de vereador até 2001.É licenciado em Economia pela Universidade Lusíada de Lisboa, desde 2001


Unesco - Fado  Património Imaterial da Humanidade (2011)

Unesco declarou o Fado como Património Imaterial da Humanidade, em Bali, na Indonésia.

O Comité Internacional da UNESCO, constituído por 24 países, anunciou, em Bali, na Indonésia, o Fado como Património Imaterial da Humanidade.

O antigo presidente da Câmara de Lisboa Pedro Santana Lopes lançou a ideia de candidatar o fado a Património Imaterial da Humanidade e escolheu os fadistas Mariza e Carlos do Carmo para embaixadores da candidatura.

A candidatura foi aprovada por unanimidade pela Câmara de Municipal de Lisboa no dia 12 de Maio de 2010 e apresentada publicamente na Assembleia Municipal, no dia 1 de Junho, tendo sido aclamada por todas as bancadas partidárias.

No dia 28 de Junho de 2010, foi apresentada ao Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, e formalizada junto da Comissão Nacional da UNESCO. Em Agosto desse ano, deu entrada na sede da organização, em Paris.

A candidatura portuguesa foi considerada como exemplar pelos peritos da UNESCO, tal como o Paraguai e Espanha.

Eleições Presidenciais de 2011


  2006 ← Flag of Portugal.svg → 2016
23 de janeiro de 2011
Cavaco Silva 2007 quadrada.jpg
Manuel Alegre.jpg
Fernando Nobre 02 square.jpg
Candidato
Aníbal Cavaco Silva
Manuel Alegre
Fernando Nobre
Partido
PSD
PS
Independente
Votos
2.231.603
832.637
594.068
Porcentagem
52,95%
19,76%
14,10

Cavaco Silva é eleito Presidente da República pela 2ª vez


O Caso José Sócrates - Operação Marquês 2014

José Sócrates, que se tornou no único chefe de Governo português a ser detido preventivamente em Portugal, está indiciado por corrupção passiva, branqueamento de capitais e fraude fiscal, num caso que envolve Carlos Santos Silva, o antigo ministro socialista Armando Vara, o administrador do grupo Lena, Joaquim Barroca, e o empresário Helder Bataglia ligado ao empreendimento Vale do Lobo, no Algarve, entre outros.
A investigação da Operação Marquês está a cargo do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), em articulação com a Autoridade Tributária.
José Sócrates garantiu não ser beneficiário ou titular dos 23 milhões de euros que o Ministério Público diz que o seu amigo Carlos Santos Silva tinha depositados em contas na Suíça e pertenciam ao antigo primeiro-ministro. 

“Esse dinheiro não é meu. Nas contas da Suíça não apareço como beneficiário ou titular. Em mais de uma centena de buscas, não encontraram nada para sustentar a tese de que eu era o verdadeiro proprietário do dinheiro”, disse José Sócrates na segunda parte de uma entrevista à TVI, interpelado pelo jornalista José Alberto Carvalho.

Terrorismo em Paris - 13/11/2015

Pelo menos 129 pessoas morreram, entre as quais dois portugueses – há duas vítimas ainda por confirmar –, e 350 ficaram feridas, das quais 42 ainda estão em estado grave, esta sexta-feira em vários ataques a tiro e de bombistas-suicidas em Paris. Outros quatro portugueses sofreram ferimentos e um está desaparecido: Julien Ribeiro. Um dos terroristas envolvidos era filho da portuguesa Lúcia Moreira Fernandes, de 54 anos.



Além das trocas de tiros, foram ainda registadas várias explosões perto do Estádio de França, onde decorreu o jogo particular França-Alemanha. Centenas de pessoas foram feitas reféns na sala de espetáculos Bataclan, tomada de assalto depois pelas forças especiais francesas. O presidente Hollande declarou o estado de emergência no país e afirmou que o terror foi levado a cabo pelo Estado Islâmico. 

Além dos civis, morreram quatro polícias e sete terroristas, sendo que pelo menos um estará em fuga. No total, foram registados sete ataques terroristas em várias zonas da capital francesa. 

Eleições Legislativas de 2015

António Costa - 1º Ministro de Portugal


Nascido na freguesia de São Sebastião da Pedreira em Lisboa, António Costa tem origem goesa católica, sendo filho do escritor e poeta Orlando da Costa, filho dum goês católico e neto materno duma francesa, descendente directo por varonia de Marada Poi, Brâmane Gaud Saraswat do século XVI, e de sua primeira mulher a jornalista Maria Antónia Palla, e meio-irmão do jornalista Ricardo Costa, filho de Inácia Martins Ramalho de Paiva. É primo em segundo grau de Sérgio Vieira e de José Castelo Branco.


É Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, onde foi dirigente da Associação Académica (1982-1984) e director da Revista da AAFDL (1986-1987). É pós-graduado em Estudos Europeus, pelo Instituto Europeu da Universidade Católica Portuguesa. Foi advogado em Lisboa, a partir de 1988, actividade que interrompeu para exercer funções políticas.

Eleições Presidenciais 2016 - Marcelo Ribeiro de Sousa

Em 9 de Outubro de 2015 anuncia em Celorico de Basto, no distrito de Braga, a sua candidatura às eleições presidenciais portuguesas de 2016. A 28 de Dezembro de 2015 foi inaugurada a sede de campanha, situada em Belém, Lisboa, e apresentada como mandatária nacional da candidatura a jovem cientista Maria Pereira.
Marcelo afirmou que não existiriam cartazes na sua campanha eleitoral, e de resto, a mesma não foi muito intensa, embora se encontrasse com larga vantagem sobre os outros candidatos presidenciais, segundo as sondagens. Isto deveu-se provavelmente ao facto de o candidato Marcelo Rebelo de Sousa ter sido comentador político nos últimos anos, tendo adquirido influência e fama, o que lhe permitiu dispensar uma campanha eleitoral intensa.

Inaugurou em 28 de Dezembro de 2015 a sua sede de campanha, situada emBelém, Lisboa, e apresentou como mandatária nacional da candidatura a jovem cientista Maria Pereira.

Foi eleito presidente à primeira volta em 24 de janeiro de 2016, derrotando, entre outros candidatos, António Sampaio da Nóvoa, Maria de Belém Roseira, Marisa Matias e Vitorino Silva.

Marcelo Rebelo de Sousa é filho de Baltasar Rebelo de Sousa (1921-2002), médico e político do Estado Novo, e de sua mulher, Maria Fernandes Duarte (1920-2003), assistente social. Nasceu em Lisboa em 12 de Dezembo de 1948, é irmão de António Rebelo de Sousa e de Pedro Rebelo de Sousa. É professor catedrático de Direito e antigo dirigente político, jornalista e comentador político português.

Marcello Caetano foi o padrinho de casamento dos seus pais, e quem conduziu o carro que levou a sua mãe à maternidade para o dar à luz. Caetano esteve para ser seu padrinho de baptismo e é em sua honra que se chama Marcelo.
Casou na Igreja Paroquial de São Bento do Mato, em Évora a 27 de Julho de 1972 com Ana Cristina Caeiro da Motta Veiga (Lisboa, Santos-o-Velho, 4 de Junho de 1950),

Campeonato Europeu de Futebol - 2016

O Campeonato Europeu de Futebol de 2016, mais referido comoEuro 2016, foi a 15.ª edição do Campeonato Europeu de seleções masculinas de futebol organizado pela UEFA.

Pela primeira vez, o Campeonato Europeu foi disputado por 24 seleções ocorrendo assim a expansão do formato de 16 equipas que era usado desde 1996[3] Sob este novo formato, os classificados competiram numa fase de grupos contendo seis grupos de quatro equipas cada, seguido por uma fase de eliminação com três fases e a final. Como anfitriã, a França teve classificação automática para o torneio, enquanto as outras 53 seleções competiram nas eliminatórias, de setembro de 2014 a novembro de 2015, para assegurar as 23 vagas remanescentes. Junto a estas seleções, estão a então bicampeã Espanha e, pela primeira vez desde a sua afiliação à UEFA, Gibraltar.

A França foi escolhida como sede a 28 de maio de 2010, quando a sua candidatura venceu a da Itália e a da Turquia.[4] As partidas foram jogadas em dez estádios entre nove cidades: Bordéus, Lens,Villeneuve-d'Ascq, Lyon, Marselha, Nice, Paris, Saint-Étienne eToulouse. Foi a terceira vez que a França organizou o torneio, em que duas foram em 1960 e em 1984. seleção francesa ganhou o torneio duas vezes: em 1984 e em 2000.
Portugal Campeão da Europa

Como vencedor, Portugal ganhou o direito de jogar no Campeonato das Confederações de 2017 organizada pela Rússia. 

O Desemprego em Portugal - Relatório da ONU em 2015

Os cuidados a ter com o ordenado mínimo !

O Relatório do Desenvolvimento Humano da Organização das Nações Unidas (ONU), apresentado hoje na Etiópia e dedicado ao tema do emprego, indica que a deslocalização de empresas é responsável por 55% das perdas de empregos em Portugal.

“Descobriu-se que as perdas de empregos a curto prazo devido a ‘offshoring’ [contratação além-fronteiras] variam de zero em alguns países, para 0.7 na Holanda e quase 55 por cento de todas as perdas de empregos em Portugal”, indica o relatório, citando um estudo da Organização Internacional de Trabalho (OIT) de 2014.

Como se pode observar no quadro abaixo, Letónia, Lituânia, República Checa, Estónia, Eslováquia, Hungria, Croácia e Polónia, todos na Europa,  teem ordenados mínimos baixos baixos que o português.


Portugal é ainda referido no capítulo dedicado ao desemprego entre os jovens. “Por exemplo, o desemprego jovem em 2014 era 3,4 vezes mais alto do que o adulto em Itália, quase 3 vezes mais alto na Croácia e quase 2,5 vezes mais alto na República Checa, Portugal e Eslováquia. Em termos absolutos, também era alto — 53 por cento em Espanha, 46% na Croácia, 35 por cento em Portugal e 30 por cento na Eslováquia”, indica o relatório.

Portugal mantem a posição 43 no Índice de Desenvolvimento Humano de 2015, que consta deste Relatório do Desenvolvimento Humano apresentado hoje na Etiópia.

Economia desde 1990 e Crise de 2010

Integração na União Europeia: Anos 1990 e 2000

Na década de 1990 muitas auto-estradas foram abertas. Vista da auto-estrada A28 na sub-região da Grande Porto Grande sub-região.

Portugal registou uma forte recuperação nos anos 90 após a turbulência de esquerda de 1974, a perda definitiva do seu império ultramarino em 1975 e a adesão à Comunidade Económica Europeia em 1986.
A-28 no Porto
A União Europeia, fundos estruturais e de coesão e o crescimento de muitos dos principais empresas exportadoras portuguesas, que se tornaram jogadores líder mundial em vários sectores económicos, tais como madeira de engenharia, moldagem por injecção, plásticos, especializada software, cerámica, têxteis, calçado, papel, cortiça e vinho, entre outros, foi um fator importante no desenvolvimento da economia portuguesa e melhoria expectativa de vida equalidade de vida.

Da mesma forma, há vários anos, as filiais portuguesas de grandesempresas multinacionais, como a Siemens Portugal, Volkswagen Autoeuropa, Qimonda Portugal, IKEA, Nestlé Portugal, Microsoft Portugal, Unilever/Jerónimo Martins e Danone Portugal, classificado entre os melhores o mundo em produtividade.

Entrada no Euro

Em 2002, Portugal apresenta a moeda única europeia, o euro. Juntamente com os Estados-Membros da UE, Portugal fundou a Zona do Euro.

Entre os mais notáveis ​​em Portugal com base nas empresas globais que se expandiu internacionalmente nos anos 90 e primeira década do Século XXI foram Sonae, Sonae Indústria, Amorim, Sogrape, EFACEC, Portugal Telecom,Jerónimo Martins, Cimpor, Unicer, Millennium bcp, Lactogal, Sumol + Compal, Cerealis,Frulact, Ambar, Bial, Critical Software, Active Space Technologies, YDreams, Galp Energia,Energias de Portugal, Visabeira, Renova, Delta Cafés, Derovo, Teixeira Duarte, Soares da Costa, Portucel Soporcel, Salsa jeans, Grupo José de Mello, Valouro, Nutrinveste, Simoldes, Iberomoldes e Logoplaste.

Apesar de ser tanto um país desenvolvido e um de renda alta ou elevada, Portugal teve o menor PIB per capita na Europa Ocidental e da sua população teve uma das menores rendas per capita entre os estados membros da União Europeia. De acordo com o Eurostat que tinha o sexto poder de compra entre os 27 Estados-Membros da União Europeia para o período de 2005 a 2007.

No entanto, as pesquisas sobre qualidade de vida pela Economist Intelligence Unit (EIU) na Qualidade de Vida colocou Portugal na 19ª no mundo em 2005 à frente de outros países de económica e tecnologicamente avançados, como França, Alemanha, Reino Unido e Coreia do Sul, mas a nove lugares atrás de seu único vizinho, Espanha.

Vários estádios foram construídos para a UEFA Euro 2004, mas alguns destes têm permanecido subutilizados desde então. 

O Relatório de Competitividade Global de 2005, publicado pelo Fórum Económico Mundial, colocou Portugal na 22ª, à frente de países e territórios, como Espanha, Irlanda, França,Bélgica e Hong Kong. No índice de Tecnologia, Portugal ficou na 20ª posição; na Public Institutions Index (ou Índice de Instituições Públicas), tem a melhor 15ª posição; sobre o Índice Macroeconômico, está na 37ª posição. 

O Índice de Competitividade Global 2007-2008 colocou na posição 40ª dos 131 países e territórios. No entanto, a edição do Relatório de Competitividade Global 2008-2009 colocou Portugal na 43 dos 134.

Relacionado com o notável desenvolvimento económico que foi visto em Portugal a partir dos anos 1960 ao início do Século XXI (com um, mas de curta duração parada abrupta depois de 1974), o desenvolvimento do turismo, o que permitiu o aumento da exposição do património cultural nacional, particularmente no que se refere à arquitectura e culinária local, melhorar ainda mais. A adopção do euro e da organização do Expo 98, Feira Mundial de Lisboa, de 2001 Capital Europeia da Cultura no Porto e do campeonato de futebol Euro 2004, também foram marcos importantes na história económica do país.

O crescimento do PIB em 2006, em 1,3%, foi o menor em toda a Europa. Na primeira década do Século XXI, a República Checa, Grécia, Malta, Eslováquia e Eslovénia alcançaram Portugal em termos de PIB (PPC) per capita.

A Grécia tinha sido um ponto de comparação regular para Portugal desde a adesão da UE, os dois países eram anteriormente regidos por governos autoritários e similares sobre a história de adesão à UE partes, o número de habitantes, o tamanho do mercado e os gostos, as economias nacionais, a cultura mediterrânea, o tempo ensolarado, e um apelo turístico, no entanto, a riqueza económica e financeira grego dos cinco primeiros anos do Século XXI foi impulsionado artificialmente e foi prejudicado pela falta de sustentabilidade e eles foram atingidos por uma gigantesca crise em 2010.

"Um novo homem doente da Europa"

O PIB per capita português caiu de pouco mais de 80% da média da UE 25 em 1999 para pouco mais de 70% em 2007. Este fraco desempenho da economia portuguesa foi explorado em Abril de 2007 pelo The Economist, que descreveu Portugal como "um novo homem doente da Europa".

De 2002 a 2007, a taxa de desemprego aumentou em 65%, o número de cidadãos desempregados cresceu de 270.500 em 2002 para 448.600 em 2007. Em dezembro de 2009, a taxa de desemprego passou a marca de 10%.

Em geral, a década de 1990 e na primeira década do Século XXI foram marcados por uma economia atrasada, onde Portugal não só não conseguiu alcançar a média da UE, mas realmente ficou para trás por um período.

A despesa pública subiu para níveis insustentáveis e do número de funcionários públicos, que tinham vindo a aumentar desde a Revolução dos Cravos 1974, atingiram proporções sem precedentes.

Projectos e apoio de construção financiados pelo Estado, como os relacionados com a Feira Mundial Expo 98 em Lisboa, o Campeonato Europeu de Futebol 2004 e uma série de novas auto-estradas, provou ter pouco efeito positivo na promoção do crescimento sustentável. 

O impacto em curto prazo desses grandes investimentos foi esgotado até o final da primeira década do Século XXI, com o objectivo de alcançar um crescimento económico mais rápido e a melhoria do poder aquisitivo da população em relacção à média da UE não se materializaram. Para piorar, a recessão dos Anos 2000, quando grande parte do mundo industrializado entrou em uma profunda recessão, levou ao aumento do desemprego e uma baixa.

Em 7 de Dezembro de 2009, a agência de classificação Standard and Poor's baixou a sua avaliação de crédito de longo prazo de Portugal de "estável" para "negativo", a expressar o pessimismo sobre a estrutura do país, fragilidade económica e fraca competitividade, o que prejudica o crescimento e a capacidade de reforçar as finanças públicas e reduzir a dívida.

Intervenção dos BPN e BPP

Durante a crise económica mundial, soube-se que entre 2008 a 2009 dois bancos portugueses, Banco Português de Negócios (BPN) e Banco Privado Português (BPP), vinham a acumular prejuízos há anos devido a investimentos ruins, peculato e fraude contábil. Nos fundamentos de evitar uma crise financeira grave, potencialmente na economia portuguesa, o Governo Português decidiu dar-lhes a ajuda eventualmente, a uma perda futura para os contribuintes. 

Por isso, o papel do Banco de Portugal (BdP) na regulação e supervisão do sistema bancário português, quando era liderada por Vítor Constâncio de 2000 ao 2010, tem sido objecto de discussão acalorada, especialmente se Vítor Constâncio e o Banco de Portugal tinham os meios para fazer alguma coisa ou se revelou uma grande incompeténcia.

Em Dezembro de 2010, Constâncio foi nomeado vice-presidente do Banco Central Europeu, para um mandato de oito anos, a ser responsável pela supervisão bancária. Pouco depois, em Abril de 2011, o Governo Português pediu ajuda financeira internacional, pois o próprio Estado iria declarar falido.

Crise económica: Anos 2010

De 2005 a 2011, José Sócrates do Partido Socialista (PS), foi o primeiro-ministro e o líder do Governo Português. Seu mandato será lembrado como um dos piores períodos da história económica de Portugal no pós-II Guerra Mundial, devido à alta recorde de desemprego, perda de poder aquisitivo das famílias e a recessão económica. O Estado faliu.

Impostos no país aumentaram consideravelmente a fazer incursões em seu enorme déficit. Foi à terceira vez que a ajuda financeira externa foi solicitada para o FMI (a primeira foi no final de 1970 na sequência da Revolução dos Cravos).
Ver também: Crise da dívida soberana europeia em 2010

Nas primeiras semanas de 2010, a ansiedade renovada sobre os níveis excessivos de dívida em alguns países da UE e mais genericamente sobre a saúde da propagação de euros da Irlanda e da Grécia a Portugal, Espanha e Itália.

Alguns analistas políticos alemães chegaram a dizer que a ajuda de emergência para a Grécia e os beneficiários da ajuda da UE no futuro deve trazer com ele duras penas.

Em 2010, as siglas PIIGS e PIGS (“suínos” em inglês) foram amplamente utilizado por analistas de títulos internacionais, académicos e da imprensa económica internacional ao se referir ao fraco desempenho das economias dos países em inglês de Portugal, Italy,Ireland, Greece, and Spain (Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha).

No verão de 2010, Moody's Investors Service cortou a avaliação de títulos soberanos de Portugal, ao estabelecer dois níveis de um Aa2 para o A1. Devido aos gastos com estímulos económicos, a dívida em Portugal aumentaram significativamente em relacção ao Produto Interno Bruto. Moody observou que o crescimento da dívida, que pesam sobre as finanças de curto prazo do governo. No início do ano, Portugal foi um dos países identificados na Crise do Euro em 2010 como difundiram a preocupação com o aumento do déficit do governo e a dívida pública em alguns países.

Também em 2010, o país alcançou uma taxa de desemprego recorde de quase 11%, um valor não visto por mais de duas décadas, enquanto o número de funcionários públicos manteve-se muito elevado.

Os mercados financeiros internacionais levaram o Governo Português, como outros governos europeus, para fazer mudanças radicais na política econômica. Assim, em Setembro de 2010, o Governo Português anunciou um pacote de austeridade frescos seguintes parceiros da Zona do Euro, por intermédio de uma série de aumentos de impostos e cortes de salário para servidores públicos. Em 2009, o déficit havia sido de 9,4 por cento, uma das mais elevadas da zona do euro e meio acima do Pacto do Crescimento e Estabilidade da União Europeia de limite de três por cento.

Em novembro de 2010, os prémios de risco dos títulos portugueses bateram o limite de vida do euro, os investidores e credores temem que o país deixaria de reinar em seu défice orçamental e a dívida pública. O rendimento dos títulos do país a 10 anos chegou a 7 por cento, um nível do ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos havia dito anteriormente que iria exigir que o país a procurar ajuda financeira de instituições internacionais.

Um relatório publicado em 7 de Janeiro de 2011 pelo Diário de Notícias, um dos principais jornais portugueses, demonstrou que no período entre a Revolução dos Cravos em 1974 e 2010, os governos democráticos da Portuguesa Republicana  têm incentivado sobre as despesas e as bolhas de investimento por meio das obscuras parcerias público-privadas, financiamento das numerosas ineficazes e desnecessárias consultorias externas e comissões e empresas, ao permitir à considerável derrapagem em estado de gestão de obras públicas, a inflar prémios oficiais de gestão e topo da liderança e salários, persistente e duradoura política de contratação que aumenta o número de funcionários públicos despedidos, juntamente com o ajuda de risco de crédito, a criação de dívida pública e má estruturada estrutural e coesão dos fundos europeus em quase quatro décadas, que o gabinete de Sócrates não foi capaz de prever ou prevenir em primeira mão em 2005 e posteriormente, foi incapaz de fazer qualquer coisa para remediar a situação quando o país estava à beira da falência em 2011.

Em 23 de Março do mesmo ano, José Sócrates demitiu após a aprovação de uma moção de confiança não patrocinada por todos os cinco partidos da oposição no parlamento sobre cortes de gastos e aumentos de impostos.

Em 6 de abril, o primeiro-ministro demissionário anunciou na televisão que o país, está a enfrentar situação de faléncia, a pedir ajuda financeira ao FMI e ao Estabilidade Financeira Facilidade Europeia, como a Grécia e a Irlanda tinha feito antes.

Resumo do Sistema Político Português 

A contemporaneidade política portuguesa [definida pela existência de uma lei fundamental (Constituição) em que se baseia o sistema de governo] teve o seu início no séc. XIX, após a Revolução de 1820. As transformações políticas e culturais então ocorridas possibilitaram a instauração em Portugal de uma Monarquia Constitucional.

Uma nova revolução, ocorrida em 1910, pôs fim ao regime monárquico. A proclamação da República, a 5 de Outubro, procura levar até às últimas consequências os princípios democráticos herdados do século anterior, substituindo no cume da pirâmide política um Rei hereditário por um Presidente eleito pelos cidadãos. 

Em 28 de Maio de 1926, um golpe de estado militar de características ideológicas pouco definidas irá, porém, instaurar em Portugal uma ditadura. Na sua sequência, em 1933, uma nova Constituição marca o início do Estado Novo, regime autoritário que governará os portugueses até meados da década de 70. 

A restauração da Democracia só virá a ter lugar quando, a 25 de Abril de 1974, outro golpe de estado militar põe fim à arbitrariedade que tinha caracterizado a ordem política deposta. As normas constitucionais a seguir promulgadas - expressas na Constituição de 1976 - são as que, basicamente, se encontram ainda em vigor. 

( Informação do Centro de Documentação 25 de Abril da U.C. )

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